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Campagnolo representa a situação e Barros, a oposição à atual gestão | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Campagnolo representa a situação e Barros, a oposição à atual gestão| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O rumo da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) nos próximos quatro anos começa a ser decidido nesta quarta-feira, data da eleição para presidência da entidade. A disputa pelo principal cargo da federação movimentou os bastidores do sistema empresarial e político do estado durante o mês de julho. Dois candidatos estão habilitados a participar do pleito: o empresário Edson Campag­nolo é o representante da situação, enquanto o secretário estadual licenciado de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, lidera a chapa da oposição.

O interesse em assumir o posto maior se justifica pela importância da Fiep. A entidade representa e defende os interesses de 40 mil empresas, responsáveis por quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, e tem 3,3 mil funcionários espalhados pelo estado. Além disso, o candidato que se sagrar vencedor nas urnas terá nas mãos um orçamento anual aproximado de R$ 450 milhões, valor que supera a arrecadação de 393 dos 399 municípios paranaenses.

A Fiep confirmou que, dos 99 sindicatos patronais filiados, 91 entregaram a documentação necessária e estão aptos a participar da votação. Outros cinco ainda precisam entregar a ata de posse do sindicato, o que pode ser feito até quarta-feira, data da eleição. Três sindicatos estão impossibilitados de participar.

A votação ocorre das 12 às 18 horas de quarta-feira, na sede da Fiep no Centro Cívico. A contagem dos votos terá início uma hora após o fim da votação, e o resultado será divulgado no mesmo dia. O candidato vencedor assume a presidência no dia 1.º de outubro, para um mandato de quatro anos.

Perfis opostos

Os dois candidatos envolvidos na disputa têm perfis totalmente diferentes, assim como foram as suas campanhas para disputa. Campag­nolo se diz um autêntico representante do setor, já que desenvolve a função de empresário há 33 anos. Além disso, o candidato pode realizar um desejo antigo dos sindicatos filiados: ter um representante do interior do estado no posto de presidente da Fiep. Campagnolo é de Capanema, município do Sudoeste do estado com 18 mil habitantes, onde está instalada a sua fábrica de roupas. Caso eleito, seria a primeira vez, em 67 anos de existência, que a Fiep seria comandada por um empresário de fora da capital. Campagnolo também conta com o apoio do atual presidente da entidade, Rodrigo Rocha Loures.

O candidato Ricardo Barros aposta suas fichas para vencer a disputa na base da experiência política – ele já foi prefeito de Maringá, deputado federal e articulador dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula no Congresso. Barros sempre defendeu um "nome de consenso" para que não houvesse bate-chapa e, consequentemente, a Fiep fosse preservada. Sem conseguir o consenso que buscava, deixou o governo de Beto Richa poucos dias antes do prazo final para a inscrição de chapas e passou a se dedicar exclusivamente a campanha. Ele diz que, caso eleito, não retornará ao cargo de secretário e vai se dedicar integralmente à federação.

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