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A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) lançou ontem uma nova ferramenta de crédito para as empresas associadas, que poderão receber à vista recursos para financiar suas operações. O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) foi criado para facilitar o financiamento à produção, mas também será atraente para os investidores, de acordo com o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. Os juros cobrados dos tomadores serão de 1,47% ao mês e o pagamento será feito em 180 dias.

O FIDC, que recebeu ontem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para funcionar, deve começar a operar dentro de 30 dias. Inicialmente serão atendidas 40 indústrias, que já tiveram sua carteira de operações pré-analisadas pela agência seguradora, a Mapfre. Cada série lançada será no valor de R$ 130 milhões. Segundo Rocha Loures, metade desse valor deve ser alcançado em três meses. A expectativa da Fiep é que o FIDC reduza em 60% os custos para financiamento de capital de giro. "Hoje o custo médio é de 45% para concessão de crédito. Pelo fundo esse valor cai para 19%", disse. As indústrias interessadas devem ser associadas ao sistema Fiep e obterem a aprovação da seguradora.

As pequenas e médias empresas serão as mais beneficiadas pelo fundo, de acordo com Rocha Loures. "Elas não têm produção em escala suficiente para ter acesso a linhas de crédito competitivas", observa.

De acordo com o diretor de captação e fomento da Fiep, Luiz Virgílio Macedo, as indústrias vão selecionar alguns títulos ou promissórias que possuem, submeter à avaliação da seguradora e, em caso do crédito ser aprovado, uma unidade instalada na Fiep fará a liquidação e a empresa receberá o valor à vista. "A gente pensou no efeito cascata que isso vai proporcionar. A indústria poderá ofertar prazo maior para seu cliente, talvez um distribuidor, que por sua vez poderá dar mais prazo para seu cliente", explicou.

Segundo Rocha Loures, como a Fiep é uma entidade de classe e não visa lucro, terá custos operacionais menores do que um fundo tradicional, e por isso pode oferecer juros mais baixos do que o mercado. Outra vantagem, segundo ele é o seguro de crédito embutido. Se o cliente da empresa não pagar a promissória, a seguradora cobre o risco.

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