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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) decidiu revisar sua projeção para o crescimento do Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista de uma alta de 4 7% para uma expansão de 3,5% em 2011. De acordo com o diretor adjunto da entidade, Walter Sacca, o motivo da revisão está relacionado às previsões do mercado em relação às taxas de juros e de câmbio e ao crescimento da economia neste ano.

Para cumprir a projeção de alta de 3,5% neste ano, a indústria paulista teria que registrar um crescimento de 0,5% até o fim de 2011 durante todos os meses. "Isso só ocorreu em épocas muito favoráveis da economia, como nos anos de 2006 e 2007, quando não existiam nuvens negras sobre a indústria da transformação", afirmou. Sacca admitiu que a Fiesp poderá fazer uma nova revisão para baixo do crescimento da indústria nos próximos meses. "Podemos sofrer novas reduções ao longo do ano", acrescentou.

De acordo com ele, os fatores que normalmente impulsionam o crescimento da indústria não são favoráveis neste ano. Ele citou que os bancos já estão prevendo que a taxa câmbio - cotada a R$ 1,665 às 12h24 - poderá chegar a R$ 1,62. Da mesma forma, as instituições já preveem que a taxa básica de juros, Selic, chegará a 12,5% até o meio deste ano. Além disso, os bancos também já estão revendo para baixo as previsões de crescimento da economia brasileira, de 4,5% para uma variação perto de 4%. "Esses fatores influenciam o crescimento da indústria e não têm mostrado nenhuma mudança favorável para os próximos meses", afirmou.

Segundo Sacca, se a indústria realmente crescer 3,5% neste ano, o resultado não poderá ser avaliado como ruim. "Se a nossa projeção se confirmar, até que será um bom resultado, considerando que crescemos 9,4% em 2010 ante 2009. Nosso receio apenas é que tenhamos saudade do ano passado", concluiu.

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