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A falta de chuva reduziu os níveis dos reservatórios e tem impedido algumas usinas de gerar toda a energia prevista em contrato | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
A falta de chuva reduziu os níveis dos reservatórios e tem impedido algumas usinas de gerar toda a energia prevista em contrato| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Aneel aprova entrada da Copel em Baixo Iguaçu

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a entrada da Copel na sociedade que detém a concessão da hidrelétrica de Baixo Iguaçu, no Sudoeste do Paraná.

A Copel tem 30% do consórcio Geração Céu Azul, liderado pela Neoenergia. A parceria vinha sendo negociada desde 2011 e foi aprovada pelo conselho de administração da estatal em junho de 2013, mas só agora recebeu o aval da agência reguladora. O investimento é estimado em R$ 1,6 bilhão.

A usina estava sendo construída entre Capanema e Capitão Leônidas Marques, mas o trabalho foi interrompido em 8 de junho, depois que a cheia do Rio Iguaçu destruiu o canteiro de obras. Dias depois, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região suspendeu o empreendimento, porque o Instituto Ambiental do Paraná teria autorizado a hidrelétrica sem antes ouvir o ICMBio, administrador do Parque Nacional do Iguaçu.

Da Redação

O volume de grandes consumidores industriais que ainda não têm contratos de energia fechados para o ano que vem preocupa o setor. A estimativa é que 30% do consumo do mercado livre esteja descontratado em 2015, segundo João Carlos Mello, presidente da consultoria Thymos Energia, com base nos padrões de contratos do setor em geral publicados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A média de descontratação em viradas de ano costuma ser de 15%. De acordo com Mello, porém, o que preocupa para o próximo ano são os altos preços esperados. "Criou-se uma situação de grande demanda com oferta menor. A renovação das concessões e a meteorologia minguaram a oferta de energia em 2015. Será um ano em que ninguém gostaria de estar descontratado", diz.

O receio é maior entre os eletrointensivos, indústrias que têm na energia elétrica uma parte muito significativa de seus custos, como o setor metalúrgico. Sem contrato, as empresas ficam sem garantia de suprimento de energia a um preço predefinido e acabam expostas à oscilação de preço do mercado à vista, que nesta semana gira em torno de R$ 800 o megawatt-hora. Há um ano, era de cerca de R$ 160.

Parar a produção e recorrer a importações são possibilidades cogitadas por empresários do setor. Mesmo para quem já tem energia contratada, vendê-la pode ficar mais interessante do que manter a produção.

Geradoras perdem

A forte seca que reduz drasticamente o nível dos reservatórios tem feito algumas geradoras de energia hidrelétrica acumularem perdas bilionárias, por estarem produzindo menos energia que o previsto. Estimativa da consultoria Safira Energia indicam que o gasto extra deve chegar a R$ 15,83 bilhões em 2014, dos quais cerca de R$ 7,86 bilhões entre agosto e dezembro.

Como as geradoras têm produzido menos que o contratado, têm de recorrer ao mercado à vista para honrar seus contratos, pagando caro pela energia excedente de outras empresas.

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