Moeda norte-americana fechou 2015 com uma alta de 48,63% em relação ao real e segue cotada no patamar de R$ 4.| Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

A alta de 48,63% do dólar em 2015 adiou os planos de muita gente de viajar ao exterior. No entanto, a moeda americana mais cara não precisa significar o fim das tão sonhadas férias internacionais.

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Na verdade, com um pouco de planejamento e a ajuda de algumas ferramentas e truques na internet, é possível realizar uma viagem ao exterior sem comprometer boa parte do seu orçamento no processo.

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Confira abaixo algumas dicas:

Antecedência

A primeira coisa a ser levada em conta é a data do passeio. Para o professor Armando Rasoto, o ideal é começar a pensar em uma viagem com, pelo menos, seis meses de antecedência. “Se a ideia é ir entre maio e junho, o interessado deve começar a procurar passagens a partir de já ou corre o risco de pagar até 30% mais caro se deixar para depois”, explica. Segundo ele, é comum que o consumidor pense que a alta do dólar tenha tornado as passagens muito caras, mas existem várias promoções e pacotes interessantes para quem souber procurar. “A pessoa precisa ficar de olho nos sites das companhias em busca dessas ofertas e monitorar qualquer variação”, sugere Rasoto.

Internet

Sites como Submarino Viagens, Decolar e SkyScanner exibem em uma única busca várias opções de voos e apontam qual o menor preço disponível. Só é preciso ficar atento às taxas, que não aparecem nesses resultados iniciais e podem surpreender. O Google Voos também faz essa varredura pelas companhias aéreas, mas sem os encargos adicionais e ainda sugere mudanças de datas para quem tem uma agenda um pouco mais flexível. Deixar para última hora também é uma saída, embora pouco recomendada – para preencher a ocupação dos aviões, as empresas costumam derrubar os preços, mas não há garantias de que isso vá sempre ocorrer.

Dólar

Para quem pretende viajar ainda neste ano, a recomendação é começar guardar a moeda americana desde já. “O ideal é comprar em etapas para ter uma cotação média do período”, explica o professor de Pós-Graduação da UTFPR e FAE, Armando Rasoto. “2016 promete ter uma volatilidade muito maior do que o ano passado e o dólar turismo pode saltar para algo entre R$ 4,50 e R$ 4,70”. O economista sugere que os viajantes optem pelos cartões de débito. Para ele, o Travel Money é a melhor opção porque o IOF de 6,38% é pago uma única vez na hora da recarga. O dinheiro em espécie é outra opção, mas deve corresponder a entre 30% e 40% do orçamento da viagem.

Cartão

O cartão de crédito exige controle na hora de ser usado durante viagens. “Além do IOF de 6,38% em cada compra, você vai voltar para o Brasil já com uma conta para pagar e a cotação usada vai ser a do fechamento da fatura, que pode ser bem maior”, explica o diretor da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Paraná (ABAV-PR), Pedro Kempe. “Não recomendamos que o viajante dependa somente dele. E usá-lo no exterior para render milhas aqui não é uma boa estratégia”, garante.

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Alertas

Ninguém gosta de receber e-mails com promoções toda hora, mas às vezes eles podem ser bem úteis. Sites como Submarino Viagens, Decolar e Booking.com contam com serviços de newsletter baseados nas suas pesquisas e compras anteriores. Assim, ao simular uma compra, eles armazenam alguns dados e passam a enviar diversas promoções para o seu e-mail, com boas chances de serem destinos que podem lhe interessar.