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Antecipar o pagamento das parcelas dos financiamentos habitacional e de veículos é uma alternativa para abater os juros futuros e reduzir a incidência das taxas e seguros cobrados pelo crédito ofertado por bancos e financeiras.

Para quem possui muitos boletos pela frente, o pagamento das últimas prestações em paralelo à fatura corrente pode ser mais vantajoso que o abatimento do saldo devedor dos próximo meses, dependendo do perfil e condições financeiras do consumidor. Neste último caso, o credor mantém o mesmo número de boletos, mas com valores reduzidos.

Aplicações

Para o planejador financeiro Emerson Wan, os compradores podem adotar outras estratégias para amortizar os financiamentos. Usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para antecipar os pagamentos -- que pode ser feito de dois em dois anos -- ou aplicar o dinheiro de investimentos que rendam abaixo dos juros do imóvel são alguns dos recursos que podem ser considerados pelos investidores. Entretanto, o especialista no mercado imobiliário Marcelo Prata lembra que o FGTS serve como um seguro em caso de perda do emprego. Portanto, é preciso ter um colchão financeiro para qualquer imprevisto.

No crédito imobiliário, a tabela adotada para o cálculo dos custos é a SAC (Sistema de Amortização Constante). Nela, as parcelas são compostas pelos juros e pelo saldo devedor. No início, os juros são mais altos, enquanto que o montante efetivamente emprestado é o mesmo em todas as parcelas, que são decrescentes. “Quanto maior é o prazo, maior é o risco assumido pela instituição financeira. Mas, ao pagar de trás para frente, o cliente tira o número de parcelas e encurta o período de financiamento”, afirma o coach financeiro Ricardo Melo.

O planejador da Oriente Advisors Emerson Wan alerta, porém, que para realizar esse tipo de operação o credor deve entrar em contato com o banco ou financeira para avisar a antecipação ou redução do valor das parcelas. Ao diminuir o número de meses a pagar, o comprador elimina também as taxas que incidem sobre o financiamento, como o seguro por Morte e Invalidez Permanente (MIP), o IOF e a Taxa Referencial (TR), que é uma correção monetária presente nos financiamentos habitacionais.

Para os consultores financeiros, a antecipação é interessante para quem tem dinheiro sobrando e consegue realizar o pagamento todos os meses sem comprometer a renda familiar. “A antecipação pode ser uma alternativa para quem tem dificuldades de guardar dinheiro e vê a possibilidade de abater a dívida o quanto antes”, afirma o especialista no mercado imobiliário Marcelo Prata.

E a mesma lógica vale para quem é investidor e possui inquilinos no imóvel. “Se você é um investidor e comprou um imóvel, o dinheiro do aluguel pode ajudar a pagar as prestações futuras”, avalia Melo. Na outra ponta, as famílias que têm um orçamento apertado ou estão próximas de quitar as dívidas, a dedução do saldo devedor pode ser uma saída mais interessante.

Automóveis

A mesma amortização que ocorre nos imóveis pode se dar nos financiamentos de veículos. Neste caso, a tabela normalmente usada para o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) é a Price. Ao contrário da SAC, o valor das prestações é sempre o mesmo, mas a proporção dos juros e do saldo devedor varia, sendo a remuneração dos bancos maior no início e menor no fim.

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