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Sobe e desce da taxa de juros influencia, inclusive, na escolha do melhor título para investir. | Fotos públicas
Sobe e desce da taxa de juros influencia, inclusive, na escolha do melhor título para investir.| Foto: Fotos públicas

Considerado o investimento mais seguro do Brasil, o Tesouro Direto é o caminho mais indicado para quem quer sair da poupança rumo a um produto mais rentável. Os papéis da dívida pública são títulos colocados no mercado para ajudar o Estado a manter as contas em dia.

INFOGRÁFICO: Veja os valores pagos pelos títulos do Tesouro Direto.

Em troca do “empréstimo” feito pelos aplicadores, o governo se compromete a devolver o dinheiro investido mais uma determinada quantia, que é determinada pela taxa básica de juros, a Selic, hoje em 14,25% ao ano e com tendência a manter-se neste patamar no curto prazo.

Mas e se essa taxa variar? Neste caso, a remuneração dos papéis também muda, seja para melhor ou para pior. Para entender melhor como a gangorra dos juros impacta no investimento, veja a seguir os principais papéis disponíveis e o impacto da Selic sobre cada um deles:

Tesouro Selic

Nesta opção de título pós-fixado – em que o comprador só sabe quanto recebe ao fim do prazo contratado –, a variação está atrelada apenas à Selic. “Se você compra um título com vencimento em 2021, por exemplo, o rendimento será proporcional aos juros durante o tempo em que o dinheiro ficar investido. Se você retirar o dinheiro em três meses, o título renderá o equivalente à Selic em três meses, e assim por diante”, diz a especialista em Tesouro Direto da Rico Corretora Caroline Guedes.

O que explica o sobe e desce da taxa é a inflação, visto que elevar os juros é o principal recurso empregado pelo governo para segurar a alta de preços. Por isso, se o IPCA está em alta, a Selic tende a seguir a mesma trajetória. Mas, se o cenário for de baixa do índice, a tendência é que os juros caiam, assim como o rendimento.

Tesouro IPCA+

Pós-fixado, estes papéis são indexados ao IPCA e remuneram o investidor conforme taxa estabelecida pelo Tesouro, mais a inflação no período contratado. Para o coordenador do curso de Gestão Financeiro do Opet, Jefferson Fischer, no momento, esta aplicação se tornou menos atraente devido à alta da Selic. Mas, num cenário de inflação acima da taxa de juros, esta pode ser uma aplicação interessante. “Se o governo injetar dinheiro na economia e segurar a taxa de juros de forma artificial, a tendência é que a inflação cresça e que estes papeis fiquem mais atraentes”, considera.

Tesouro Prefixado

Única categoria em que o cliente sabe exatamente quanto ganhará ao fim do período contratado, o prefixado entrega ao investidor um valor sempre acima da Selic no momento em que é negociado. Por este motivo, esta é uma opção que sai na frente das demais quando os juros estão altos com perspectiva de queda na Selic, segundo o analista de mercado da Órama Investimentos e professor do Ibmec Alexandre Espírito Santo.

Taxas incidentes

Os títulos do Tesouro Direto têm incidência do Imposto de Renda e das taxas de administração das instituições financeiras, que variam entre si, e a taxa de custódia, de 0,3% ao ano. O IR é regressivo e depende do período em que o dinheiro fica investido. Até 180 dias, a alíquota é de 22,5%; de 181 a 360, de 20%; de 361 a 720, de 17,5%; e acima de 720 dias, de 15%.

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