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Empresas de qualquer porte e instituições de pesquisa que investem em inovação conseguem recursos com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Para mostrar as diferentes linhas de financiamento e como ter os projetos aprovados, Sebrae-PR, Sistema Fiep e Rede Paranaense de Incubadoras e Parques Tecnológicos (Reparte) promoveram ontem uma oficina para empresários. Os últimos dados disponíveis mostram que, em 2005, a Finep financiou R$ 12,6 milhões no Paraná, 3% dos R$ 428,8 milhões liberados em todo o país.

A Finep oferece anualmente financiamentos reembolsáveis, não-reembolsáveis, com diferentes requisitos e taxas de juros, estabelecidos em chamadas públicas e editais. Também há um programa para facilitar o acesso a investidores de capital de risco. De acordo com o técnico Alexandre Cabral, da Finep, o maior erro das empresas é esperar o edital sair para elaborar um projeto. "É pouco tempo para fazer. A sugestão é começar antes, até porque um bom projeto pode ser apresentado para outras agências de fomento, como a Fundação Araucária", diz.

Para o gerente da Unidade de Apoio a Projetos do Sebrae-PR, Agnaldo Castanharo, que oferece consultoria no assunto, a inovação é necessária para uma empresa manter a competitividade. "Pode ser em processos de produção, produtos ou gestão, e não precisa ter grande valor agregado ou complexidade tecnológica. Um diferencial no atendimento, algo que ninguém faz, já é uma inovação", explica.

Castanharo lembra também do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, criado em 1998 para identificar, divulgar e premiar esforços inovadores desenvolvidos e aplicados no país. "Infelizmente poucas empresas paranenses têm participado – no ano passado foram só 15 inscrições – mas nós sabemos que existem muitas experiências no estado. É uma forma de entrar em evidência."

A Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc) está desenvolvendo um projeto com recursos da Finep no Paraná. A instituição conseguiu R$ 330 mil não-reembolsáveis, no ano passado, para pesquisar uma matéria-prima diferente para a fabricação de bonés. "Os jovens gostam de dobrar a aba do boné de um jeito e depois mudar, por isso a matéria-prima tem que ser ‘sem memória’", conta Gilberto Zluhan, diretor da unidade de Curitiba da Sociesc.

Segundo ele, a meta é chegar ao novo produto no fim do ano e, em 2008, cinco empresas de Apucarana começarão a produzir bonés com a tecnologia. A cidade é a capital do boné e concentra 80% da produção nacional. "O valor do produto vai aumentar bastante. O que hoje custa R$ 20 vai passar a valer R$ 50 ou R$ 70." Zluhan lembra que sempre há uma contrapartida nos projetos da Finep. Neste caso, houve um investimento de R$ 125 mil da Sociesc em capacitação de pessoal.

Serviço: Sebrae-PR – (41) 3330-5800 – www.sebraepr.com.br; Finep – www.finep.gov.br

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