O grande gargalo para o sucesso do programa de concessões que será lançado pelo governo nas próximas semanas é a capacidade do país de financiá-lo, afirmou nesta segunda-feira (25) o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira.

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Segundo ele, o BNDES continuará sendo o principal financiador de longo prazo no país, já que não é possível substituí-lo “de imediato”, e o grande desafio do governo é usar os recursos do banco para alavancar investimentos privados.

O BNDES já anunciou que o custo dos empréstimos para projetos de infraestrutura será mais baixo para as empresas que emitirem debêntures (títulos de dívida privada).

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Em seminário no Ministério do Planejamento, Oliveira afirmou que o governo também estuda formas de minimizar os riscos para os investidores.

Uma das alternativas é lançar uma linha de crédito contingente, com recursos do BNDES, que poderia ser acionada pelos executores de projetos de infraestrutura para cobrir perdas com riscos considerados não gerenciáveis.

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Mais rodovias

Oliveira confirmou que o governo decidiu ampliar o número de trechos rodoviários que serão incluídos no programa de concessões.

Além dos quatro trechos que já estão com estudos de viabilidade em andamento para irem à leilão, entrarão no programa mais “oito a dez” rodovias, segundo Oliveira. “Estamos finalizando a escolha dos trechos”, afirmou, sem dar detalhes.

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Os quatro trechos já previstos são a BR-476/153/282/480, que liga a fronteira do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a Curitiba (PR); a BR-364/060 entre Sinop (MT) e Goiânia (GO); BR-163 entre o Mato Grosso e o Pará e BR-364, ligando Jataí (GO) a Minas Gerais.

Oliveira afirmou, ainda, que o programa preverá a concessão de “três ou quatro” aeroportos.