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Toronto – O presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, anunciou ontem, em Toronto (Canadá), que a empresa pretende manter e desenvolver todas as atuais operações da mineradora Inco, comprada pela brasileira na última segunda-feira.

Agnelli declarou que o mercado atual de níquel não poderia estar mais favorável e que a Vale pretende explorar ao máximo essas condições. Isso inclui explorar a sinergia com a companhia anglo-suíça Xstrata, que em agosto adquiriu a Falconbridge, cujas principais operações de mineração estão localizadas em Sudbury, no leste de Ontário, onde também estão as minas da Inco.

O executivo não confirmou os rumores de que a Vale pode formar uma joint venture com a Xstrata e a companhia inglesa Rio Tinto para comprar a Anglo American. No entanto, disse que todos os projetos da Inco são autofinanciáveis e que os recursos para os futuros investimentos da empresa virão dos resultados de suas próprias operações. Ele destacou o sucesso da produção em Thompson, no Manitoba, que tem crescido muito rapidamente.

O presidente da Vale também confirmou que a empresa vai investir no desenvolvimento do projeto Voisey`s Bay, na província de Terra Nova e Labrador, que representa uma das quatro maiores jazidas de níquel e cobre do mundo. Segundo Agnelli, num prazo máximo de 18 meses esse projeto estará operando em sua capacidade total. Agnelli mencionou ainda a ampliação das operações da Inco na Indonésia e a intenção de concluir o desenvolvimento do projeto Goro, na Nova Caledônia, o quanto antes.

Na avaliação de Agnelli, o rebaixamento da nota de crédito da Companhia Vale do Rio Doce em razão do financiamento necessário para a compra da Inco não representa problema. "Os demais investimentos da Vale em outras operações não serão reduzidos, os recursos já estão alocados e definidos nos orçamento de curto e longo prazo", garante Agnelli.

"A China é um cliente voraz, que precisa de fornecedores, e somos beneficiados pelo desenvolvimento da indústria de aço inoxidável. Se o preço do níquel no mercado de commodities continuar estável, no máximo em três anos voltaremos ao mesmo patamar de alavancagem que tínhamos antes de financiar a compra da Inco", assegurou.

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