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Os fiscais federais agropecuários realizaram nesta terça-feira (21) um protesto com a distribuição de 11 toneladas de laranja em frente à Superintendência do Ministério da Agricultura do Paraná, no bairro Tarumã, em Curitiba. A manifestação aconteceu depois de o governo ter anunciado uma proposta de reajuste de 15,8% à categoria, parcelados em três anos, na segunda-feira (20). Os fiscais pedem 22% a mais para as folhas de pagamento.

Foram distribuídas 550 caixas do produto. Ao meio-dia, a fila chegou a cerca de 100 pessoas. A distribuição terminou por volta das 14h e, segundo os manifestantes, aproximadamente 300 pessoas passaram pelo local. Há possibilidade de realização de outros atos semelhantes durante a semana.

Os funcionários reivindicam o estabelecimento de critérios técnicos para a indicação de cargos de confiança. Atualmente, os cargos de chefia passam pela indicação lideranças do governo, segundo os manifestantes. Outra reclamação é a realização emergencial de um concurso público para a reposição dos funcionários.

Reincidência

A manifestação é a segunda do gênero que acontece nos últimos dias. Na sexta-feira (17), mil litros de leite foram distribuídos à população no mesmo local, em Curitiba.

Ambos os protestos acontecem como resposta à determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que obrigou 100% da categoria a retomar as atividades nos portos, aeroportos e postos de fronteiras, além da inspeção para abate de bovino, suínos e aves. A ordem veio após ação iniciada pela Advocacia Geral da União (AGU). "As atividades desenvolvidas pelos Fiscais Federais Agropecuários são essenciais à população, pois dizem respeito à saúde e à segurança alimentar", afirma Napoleão Nunes Maia Filho, ministro relator do caso, no texto da decisão. A Justiça também determinou que 70% da categoria fosse mantida nas áreas essenciais dos departamentos e coordenações da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério.

Dirigente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical), Ailton Santos da Silva diz que a determinação tira o direito de greve da categoria. "Retomar 100% quer dizer que não aceitam a nossa greve, mas mesmo assim estamos cumprindo a determinação", diz Silva.

A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou que o órgão está analisando as reivindicações. Na próxima quinta-feira, (23) será realizada uma nova reunião com os representantes da categoria.

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