• Carregando...

Troca sem carência será ampliada

Clientes de planos de saúde terão um prazo de quatro meses por ano para decidir se querem migrar para outros convênios, sem a necessidade de cumprir novas carências – período dos novos contratos em que o atendimento médico é limitado.

Leia a matéria completa

O dia 7 de abril não será apenas um dia de desassistência ao cidadão que usa plano de saúde e precisar do seu médico: dentistas e fisioterapeutas também prometem se juntar ao protesto – apenas os serviços de emergência serão atendidos pelas três categorias. Os profissionais estão se unindo no Paraná para pedir o reajuste dos valores de consultas e procedimentos por parte das operadoras de saúde. Os índices são de 92% para os médicos e de até 200% de reposição de inflação para os fisioterapeutas.

Os dentistas pedem algo mais detalhado: adoção de uma tabela própria. "Não temos um valor mínimo, mas queremos que as operadoras passem a adotar uma tabela criada pela categoria há um ano e meio, que traz o valor da consulta como base de cálculo de todos os nossos procedimentos atrelados ao atendimento", explica o presidente do Sindicato dos Odontologistas do Paraná (Soepar), Mário Pansini.

No Paraná, a ação regionalizada dos fisioterapeutas, encabeçada pela Associação Paranaense das Empresas Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (Apfisio), representa mais de 400 clínicas. "O atendimento por convênio representa 90% dos nossos serviços, mas se até o dia 6 de abril não conseguirmos uma boa negociação vamos nos descredenciar. Pior que está não vai ficar. As operadoras é que terão de explicar a seus pacientes por que não há fisioterapeutas para atendê-los", diz a presidente da Apfisio, Marlene Izibro Vieira. Os médicos também ameaçam se descredenciar.

De um lado, os profissionais reclamam do valor repassado para as consultas, hoje na média de R$ 42. Para ganhar mais, parte deles vem reduzindo o tempo de atendimento a seus pacientes, com agendas que chegam a intervalos de 15 minutos apenas. De outro, as operadoras se recusam a aumentar os valores, alegando que os médicos gastam demais, pedindo exames em demasia. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e das entidades indicam que, de 2003 a 2009, enquanto o faturamento dos planos subiu 129%, o valor das consultas aumentou 43,5%.

Na segunda-feira, as categorias regionais se reúnem na AMB-PR para discutir as estratégias para a paralisação. Já na terça-feira, dia 5 de abril, lideranças das entidades nacionais se reúnem na AMB de São Paulo para comunicar os serviços que vão parar e como funcionará a assistência às urgências e emergências, a situação estado a estado e as ações previstas pelas especialidades médicas.

Interatividade Se você tem plano de saúde e marcou consulta para o dia 7, como está se preparando para a possível paralisação?

Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br

As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]