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O templo do Partenon, em Atenas, ontem à noite: classificação de “default” dada aos títulos gregos pode durar apenas alguns dias | John Kolesidis/Reuters
O templo do Partenon, em Atenas, ontem à noite: classificação de “default” dada aos títulos gregos pode durar apenas alguns dias| Foto: John Kolesidis/Reuters

Estados unidos

Republicano abandona negociação

O deputado republicano John Boehner, que preside a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, abandonou ontem as negociações sobre um projeto de lei para reduzir o déficit orçamentário e elevar o teto da dívida norte-americana. Em carta a seus colegas no Congresso, Boehner escreveu que "ficou evidente que a Casa Branca simplesmente não é séria quanto a cortar gastos". O presidente Barack Obama pediu que Boehner e a democrata Nancy Pelosi compareçam hoje à Casa Branca para negociar a elevação do teto da dívida.

Como prometido pelas agências de classificação de risco, o plano de resgate à Grécia com participação dos investidores foi classificado como calote, ainda que "restrito", pela Fitch Ratings. Mas segundo o chefe de riscos soberanos da Fitch, David Riley, o rebaixamento pode durar apenas alguns dias.

A agência declarou que, no momento da troca de títulos que representará perda aos investidores, a nota de risco da Grécia será rebaixada para "moratória restrita", o que significa que o país deu calote em uma parte dos seus títulos públicos. Quando os novos títulos forem emitidos, encerrando a troca, a agência voltará a elevar a nota de risco grega.

"[O período do calote] depende amplamente de quão rápido essa transação será processada. Nossa expectativa é que eles farão isso de uma forma a minimizar o tempo em que a nota estará em default", explicou Riley. Ele acrescentou que a elevação da nota da Grécia deve ser para "CCC", onde está atualmente, ou para "B+".

Até o fechamento do acordo, a situação grega vinha sendo comparada com a da Argentina, que declarou moratória em 2001. Mas a resposta da Fitch mostra que a primeira reação à Grécia foi positiva, uma vez que a Argentina só saiu do "default" há um ano, depois de oito anos e meio de moratória.

A Fitch foi a primeira das três grandes agências de classificação de risco a divulgar um alerta sobre o calote grego. Moody’s e S&P (Standard & Poor’s) não se pronunciaram ontem. O argumento da Fitch para o rebaixamento temporário para calote é que os investidores perderão 20% do valor de seus investimentos.

O segundo plano de socorro ao país, fechado na quinta-feira em Bruxelas pelos líderes da União Europeia no valor de 159 bilhões de euros (R$ 355 bilhões), prevê participação "voluntária" dos investidores privados de 50 bilhões de euros. Eles terão de trocar seus títulos por outros de vencimento mais longo. Na divulgação do acordo, os líderes europeus enfatizaram que a participação privada seria limitada à Grécia.

Bolsas

As bolsas europeias fecharam os pregões de ontem em alta, saudando o acordo. No Brasil, no entanto, o Ibovespa chegou ao fim da sessão estável, com alta de 0,01%. O desempenho contido foi justificado pela falta de detalhamento sobre o pacote de ajuda à Grécia e pelo fato de os Estados Unidos ainda não terem chegado a um acordo sobre o aumento do teto do endividamento.

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