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A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota atribuída ao Brasil de "BB" para "BB+", um degrau abaixo da faixa de grau de investimento. A perspectiva é estável.

O upgrade reflete a significativa melhora na situação externa do país, políticas macroeconômicas prudentes e um aumento da poupança doméstica, segundo a agência.

- A acumulação de reservas internacionais... ressalta o contínuo fortalecimento do balanço externo do Brasil e a resistência a choques externos, acrescentou a Fitch.

Em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comemorou a nota e disse esperar que as outras agências de classificação de risco façam o mesmo em seguida.

- Estou muito satisfeito, estamos a apenas um degrau do grau de investimento - afirmou Mantega, acrescentando "tenho certeza que as demais agências estão analisando com cuidado a evolução da economia brasileira e em breve deverão fazer modificações no rating, senão elas vão ficar para trás.

Na ocasião, o Mantega confirmou a reabertura da emissão do bônus Global BRL 2028 para captar R$ 750 milhões, com juro anual inferior a 9%.

- Estamos colocando R$ 750 milhões de títulos em reais e pagando uma taxa abaixo de 9% - adiantou o ministro, explicando não poder revelar o juro exato porque a operação ainda está em curso.

O Tesouro Nacional reabriu a colocação dos papéis nesta quinta-feira. O secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy, também comemorou a decisão da agência de classificação de risco.

Segundo ele, essa é uma grande conquista do país e demonstra que as políticas do governo são consistentes. Godoy reconheceu, no entanto, que a melhora pode acabar provocando um aumento na entrada de dólares no mercado brasileiro, derrubando ainda mais a cotação da moeda americana.

O secretário ressaltou que uma nota melhor atrai mais investimentos, tanto estrangeiros quanto nacionais, mas, ao ser perguntado sobre os efeitos negativos da medida em relação ao câmbio, afirmou:

- Eu não posso reclamar do fato de o Brasil estar mais próximo do grau de investimento.

E no dia em que a Fitch melhorou a nota da economia brasileira, aproximando o país do grau de investimento, o risco Brasil subiu 1,97% para 155 pontos.

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