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Contra o relógio

Grécia paga 4,9% em títulos de seis meses

Das agências

A Grécia emitiu ontem 1,625 bilhão de euros em bônus do Tesouro a seis meses, com um juros de 4,9%, em ligeira baixa com relação à última emissão do tipo, anunciou ontem a agência grega de gestão da dívida pública.

De acordo com o órgão, a demanda da emissão superou em 2,8 vezes a quantia inicialmente oferecida de 1,250 bilhão de euros, ao serem oferecidos 3,495 bilhões de euros, dos quais finalmente 1,625 bilhão de euros foram negociados. No último leilão de letras para seis meses, em dezembro, a demanda da emissão superou em 2,93 vezes a quantia colocada de 1,250 bilhão de euros.

Credores

Esta emissão coincide com as negociações com os credores privados para obter o perdão de 100 bilhões de euros de sua colossal dívida de mais de 160% do Produto Interno Bruto, de acordo com o plano para conter a dívida na Grécia acertado pela zona do euro no fim de outubro. As conversas com os detentores de títulos do governo avançaram, disse ontem o vice-ministro de Finanças, Filippos Sachinidis, mas nenhum acordo foi alcançado. "Chegamos a um ponto satisfatório, mas não chegamos a um acordo. Não há um texto final", afirmou Sachinidis.

Os comentários do vice-ministro grego antecedem a chegada do presidente do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Charles Dallara, a Atenas para discutir o "haircut" da dívida grega. O IIF representa mais de 400 bancos e seguradoras que estão entre os maiores credores privados da Grécia.

A agência de classificação de risco Fitch informou ontem que não prevê um rebaixamento no rating triplo A da França neste ano, segundo comentou uma porta-voz da companhia, citando um comunicado divulgado no mês passado. "Caso não haja um choque adverso substancial, mais provavelmente associado a uma piora dramática da crise na zona do euro, a Fitch não deve resolver a perspectiva negativa antes de 2013", diz o texto liberado pela agência em dezembro. A porta-voz reiterou essa declaração, e os mercados reagiram bem.

David Riley, diretor da equipe de ratings soberanos globais da Fitch, disse ontem, em entrevista, que todas as revisões negativas impostas sobre os ratings de países da zona do euro serão resolvidas até o fim deste mês. A França não está nesse grupo: o rating do país tem perspectiva negativa, mas não foi colocado em revisão negativa.

Itália

A Fitch também disse que a Itália é o país que oferece o maior risco para o euro em meio à crise da dívida soberana atual; o tamanho da sua carga tributária e da necessidade de o país acessar os mercados de títulos públicos são uma grande preocupação, tendo em vista o seu atual custo para obter empréstimos.

A Itália enfrenta uma quantia "alarmante" de bônus governamentais que precisam ser pagos em 2012, e a falta de acordo entre os líderes europeus sobre como implementar uma "proteção" na região coloca pressão sobre o rating do país, afirmou David Riley. Segundo ele, a falta de uma "proteção crível" da Itália é uma séria preocupação para a zona do euro.

Um yield (retorno ao investidor) dos bônus do governo italiano de 400 pontos-base sobre os bônus alemães, combinado com um crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB), poderão ser "explosivos" para o país, enquanto um spread de 150 pontos-base e um crescimento de 1,5% do PIB tornariam o país solvente, afirmou a Fitch, que está estudando um rebaixamento do rating A+ da Itália.

O diretor da Fitch afirmou também que a saída da Grécia da zona do euro continua uma "opção potencial". A Grécia pode ainda mergulhar a zona do euro em uma crise financeira mais profunda, destacou Riley, acrescentando que a contribuição do setor público de 60% nos bônus do governo grego não resultará em uma forte redução da carga da dívida do país. A Fitch classifica a Grécia em CCC e disse anteriormente que espera que o país seja rebaixado para uma classificação que indica default.

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