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A agência de qualificação de risco Fitch Ratings anunciou ontem o rebaixamento das notas das dívidas de seis países europeus: Bélgica, Chipre, Irlanda, Itália, Eslovênia e Espanha. O rating dos títulos soberanos da Bélgica foi reduzido de AA+ para AA; do Chipre, de BBB para BBB-; da Irlanda, para BBB+; da Itália, para A-; da Espanha, para A, mesma nota atribuída à Eslovênia.

A "perspectiva" foi ajustada para "negativa", isto é, a Fitch avalia que as probabilidades são maiores de que ocorra numa nova redução dessas notas na próxima revisão periódica dos ratings. Apesar dos rebaixamentos, todos esses países permanecem enquadrados na categoria de grau de investimento, reservado para países (e empresas) de menor risco financeiro.

"Firewall"

A Europa precisa tomar as medidas necessárias para retomar a confiança. Essa é a visão que emerge do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. À medida que as discussões evoluem, vão ficando claras quais são as sugestões para que o contágio seja interrompido. As próprias autoridades europeias incorporaram ao vocabulário uma expressão citada a todo momento na estação de esqui suíça: a construção de uma barreira de segurança (firewall) contra a crise.

É aí que se encaixa a proposta de reforçar o Fundo Monetário Internacional (FMI) com mais US$ 500 bilhões, dos quais US$ 150 bilhões viriam da própria Europa. O que ainda não está claro é de onde exatamente virão os recursos, se é que eles existem. Nin­guém esqueceu da frase definitiva proferida pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na abertura do Fórum em Davos: "Não faremos promessas que não poderemos cumprir." Ou seja, a Alemanha está disposta a ajudar, mas até certo limite.

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