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O Brasil voltou a registrar forte entrada líquida de dólares na semana passada, chegando a quase 4 bilhões de dólares e impulsionada pela balança comercial, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira. O movimento também ocorreu após anúncios de captações externas feitas por empresas brasileiras e o próprio governo.

Na segunda semana de janeiro, as entradas de moeda superaram as saídas em 3,725 bilhões de dólares, levando o resultado no mês a ficar positivo em 3,018 bilhões de dólares. Nos primeiros cinco dias de janeiro, o país havia registrado fluxo negativo de 707 milhões de dólares.

Operadores consultados pela Reuters já haviam adiantado que os ingressos de recursos na segunda semana do mês tinham se fortalecido, com investidores internalizando capital na esteira de uma série de emissões externas de grandes empresas brasileiras e do governo.

A conta comercial foi a que mais fortaleceu o fluxo na semana passada, com entradas líquidas de 2,907 bilhões de dólares, muito mais do que os 153 milhões de dólares vistos na primeira semana do ano.

A conta financeira -por onde passam os investimentos externos em carteira e produtivos, entre outros- também ajudou bastante, com superávit de 818 milhões de dólares entre os dias 9 e 13 passados. O movimento praticamente reverteu o déficit visto na semana anterior, de 859 milhões de dólares.

Quase a totalidade do fluxo da última semana foi contabilizada nos dias 12 e 13, que juntos registraram ingressos líquidos de 3,265 bilhões de dólares, 88 por cento de todo o saldo positivo da semana.

Os fortes ingressos ajudaram a derrubar o dólar ante o real em 3,3 por cento na semana passada.

O governo anunciou no início do mês uma emissão internacional, na qual vendeu 825 milhões de dólares com a reabertura do Global 2021, com o menor rendimento pago na história.

A operação abriu caminho para empresas com dificuldade de captação no mercado de capitais internacional melhorem suas condições de financiamento. Na ocasião, o dólar sofreu a maior queda em cerca de dois meses.

Na esteira da emissão do governo, Vale, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú Unibanco também anunciaram captações no exterior.

Às 13h13 (horário de Brasília), o dólar operava com variação negativa de 0,08 por cento, para 1,7785 real na venda, nas mínimas em dois meses.

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