O fluxo de veículos pelas estradas com pedágio do País cresceu 1,1% em setembro na comparação com agosto, com ajustes sazonais. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. A alta, segundo o economista da Tendências Bernardo Wjuniski, foi puxada pelo fluxo dos veículos pesados, com elevação de igual 1,1%. A circulação de veículos leves cresceu 0,30% ante o mês de agosto e, de acordo com o economista, têm apresentado uma trajetória de crescimento gradual.
O crescimento da circulação dos veículos pesados confirma a estimativa de agosto, em que a previsão foi a melhora do movimento nos dois meses seguintes, refletindo a recuperação efetiva da atividade industrial. "A evolução dos pesados é ao mesmo tempo um dado previsor e uma consequência da retomada da atividade industrial por conta do transporte, em primeiro lugar, das matérias-primas e, depois, da distribuição da produção", diz Wjuniski. Segundo ele, a previsão é de que a alta do fluxo dos pesados continue, pelo menos, até novembro", afirma o economista. Quanto ao desempenho dos leves em setembro, de acordo com Wjuniski, é resultado da continuidade da trajetória de melhora da renda mais lenta, porém constante, uma situação diferente da registrada em relação aos grandes números dos pesados.
Na comparação com setembro do ano passado, o Índice ABCR total cresceu 3,8%, puxado por um aumento de 6,8% dos veículos leves. Nesta comparação, os pesados caíram 4,4%. "Os leves estão em linha com a trajetória de alta da renda desde o ano passado", diz o economista da Tendências. Quanto à queda dos pesados, o economista prevê que ela começará a ser revertida a partir do mês que vem. "A retração dos pesados, na comparação ano contra ano, começou em outubro de 2008, em resposta aos efeitos da crise. A tendência, com o atual crescimento da produção industrial e a base de comparação do ano passado mais baixa, é de que a queda dos pesados vire até o final do ano", prevê Wjuniski. Na leitura do comportamento do fluxo de veículos no acumulado dos últimos doze meses até setembro, o fluxo total cresceu 1,5%, o dos leves cresceu 3,2% e o dos pesados caiu 3,6%.
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