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As intervenções do Banco Central (BC) no câmbio, que têm contribuído para manter a cotação do dólar ao redor de R$ 2,20, foram criticadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório divulgado ontem. Segundo o Fundo, as atuações "podem ser apropriadas" para evitar a volatilidade excessiva do dólar, "mas não deveriam ser usadas para resistir a pressões que refletem mudanças nos fundamentos [da economia]". Quando vende dólares, o BC induz a queda da moeda americana e a valorização do real. Isso ajuda a conter a inflação e mantém o poder de compra em dólar de consumidores e empresas. Segundo o FMI, o real está entre 5% e 15% mais valorizado do que indicariam os "fundamentos [econômicos] e políticas desejáveis".

Outro fator de repreensão do Fundo é o aumento das despesas do país no exterior. O consumo interno forte e a moderação dos preços das exportações levaram o Brasil a registrar um déficit externo equivalente a 3,6% do PIB.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, desqualificou o relatório e afirmou que o Brasil não é uma economia vulnerável do ponto de vista das suas contas externas. E disse que a maioria dos analistas e dos investidores internacionais não compartilha essa visão.

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