O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) expressou nesta sexta-feira (29) sua confiança na diretora-gerente Christine Lagarde após receber os documentos de um inquérito francês no qual ela está sendo investigada. Em um breve depoimento, os 24 membros do conselho disseram que continuam a ter "confiança na habilidade da diretora de exercer suas funções eficientemente".
Lagarde considerou a investigação "sem base" ao responder questões de juízes parisienses na quarta-feira. Ela e sua ex-chefe de gabinete respondem por terem participado de uma decisão que entregou 400 milhões de euros ao empresário francês Bernard Tapie.
Tapie processou o banco Credit Lyonnais por sua atuação na venda das ações majoritárias da empresa Adidas nos anos 90. Na declaração da quarta-feira, Lagarde afirmou que mesmo após três anos de procedimentos e dezenas de horas de interrogações, a corte não havia encontrado nenhuma evidência de que ela agira de forma errada e que a única alegação restante "é que não fui suficientemente vigilante". Ela disse estar retornando a Washington e a seu trabalho no FMI.
Pela lei francesa, a medida de investigar Lagarde equivale a uma acusação preliminar, o que significa que não há razão para suspeitar de uma infração. Juízes investigadores podem mais tarde decidir desistir do caso ou apresentar uma acusação formal e enviar o material para julgamento.
No depoimento, o conselho do FMI afirmou que "não seria apropriado comentar sobre um caso que está correndo no judiciário francês". O conselho executivo, que representa as 188 nações membros do FMI, é responsável pelas operações diárias do fundo.
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