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O conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) vai discutir uma possível expansão das cestas de moeda que compõem o fundo de reserva internacional (SDR, em inglês), informou o Wall Street Journal. A declaração foi dada ontem pelo vice-diretor gerente do FMI, John Lipsky, nos corredores do Fórum Econômico Mundial. Lipsky admitiu, no entanto, que ainda não há propostas concretas para a inclusão das moedas no fundo.

O SDR foi criado em 1969 para dar suporte às reservas oficiais dos países-membros do FMI. Ele é composto por uma cesta de quatro moedas escolhidas de acordo com o maior volume de exportações de produtos e serviços nos cinco anos anteriores à decisão. O FMI revisa a cesta a cada cinco anos. Na última decisão, em novembro de 2010, o dólar, o euro, a libra esterlina e o iene foram mantidos na cesta das moedas.

Líderes mundiais sugerem a inclusão da moeda chinesa na cesta do fundo. No discurso de inauguração do Fórum, o presidente russo, Dmitri Medvedev, pediu ao FMI para considerar a incorporação das moedas dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). "O que foi sugerido é uma intenção de discutir o processo para se considerar, eventualmente, a inclusão do iuan na cesta do SDR", explicou Lipsky. Para ele, a decisão está nas mãos dos países-membros e não da administração do FMI .

O uso do SDR como reforço às reservas é modesto nos países. Mas um risco de desvalorização do dólar no longo prazo poderia levar governos a buscar maior interesse pelos SDRs, se o iuan fizer parte da cesta de moedas.

Valorização

O assessor do banco central chinês, Li Daokui, afirmou hoje que o país está balanceando sua posição no comércio à medida que as companhias lançam maior ofensiva aos consumidores. Segundo ele, o nível de consumo reduzirá o superávit comercial para US$ 150 bilhões neste ano. Em 2010, a China encerrou o ano com um superávit de US$ 183 bilhões, o segundo ano de queda. O país atingiu um pico de US$ 300 bilhões em 2008.

O superávit da balança comercial chinesa é alvo de críticas de líderes em todo o mundo. Eles questionam a política do país de manipular a cotação da moeda para favorecer exportações e o baixo nível de consumo no país.

Num painel sobre a política cambial chinesa, representantes norte-americanos cobraram uma ação mais rápida de Pequim no processo de apreciação da moeda. A crítica foi respondida pelo assessor do banco central chinês Yu Yongding. Ele garantiu que uma apreciação da moeda é de interesse do país como forma de combater as pressões inflacionárias. "A China está enfrentando pressões inflacionárias. É extremamente racional permitir uma apreciação mais rápida. É do interesse chinês", indicou. Li afirmou, no entanto, ser improvável uma apreciação muito forte – acima de 20%, por exemplo – já que os exportadores ainda precisam vender para fora do país.

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