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A Stock Car está correndo hoje em Curitiba. Segundo os apaixonados por automobilismo, esta prova cheira a dinheiro. A categoria movimenta R$ 125 milhões por temporada e provoca um impacto econômico nas cidades-sede de suas 12 etapas de nada menos do que R$ 25 milhões.

A categoria envolve o trabalho fixo e direto de cerca de mil pessoas e a contratação temporária de outras 700 em cada etapa – 8,4 mil por ano –, informa Carlos Col, presidente da Vicar, empresa responsável pela corrida. O custo total direto de uma corrida da Stock Car varia de acordo com cada local onde a prova é realizada. No Autódromo Internacional de Curitiba, localizado em Pinhais, o custo operacional do evento deste porte é de R$ 1 milhão, incluindo estrutura física, sinalização, contratação de publicidade, aluguel do local e contratação de mão-de-obra temporária. Em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, o custo é ainda maior.

O aumento do público nos autódromos justifica o investimento. Em 2003, assistiram às 12 etapas da corrida 247 mil pessoas (média de 20,5 mil pessoas por prova). No ano passado, este número aumentou 36%, passando para 337 mil espectadores, com média superior a 28 mil torcedores por corrida. Em 2005, atraiu 36 mil pessoas a Interlagos, na primeira etapa, em 1.º de maio, e 32 mil a Curitiba, na segunda, em 15 de maio. Para a corrida de hoje, se o tempo colaborar, a expectativa é de um público de 35 mil pessoas. A cada etapa, cerca de 50 empresas recebem centenas de convidados em seus camarotes.

Com esses resultados, grandes empresas dos mais diversos setores, também passaram a se interessar e a investir na Stock Car. Philips, Sundown, Neo Química, Chevrolet, Mitsubishi, Nokia, Pirelli, Texaco, Bosch, Gatorback, Petrobrás, Embratel, LG, TAM, Medley Genéricos, Pfizer, Colgate, Kellog’s, OI, Claro, Vivo, Terra, Caixa Econômica Federal e Unibanco são algumas das que colocaram as suas marcas nos carros e pilotos ou se ligaram à Stock Car.

Além de um importante meio de veiculação de suas marcas, as empresas também passaram a ver a Stock Car como uma excelente ferramenta de marketing. Os camarotes da categoria são utilizados para marketing de relacionamento, que gera um valor incalculável de negócios. "A descontração e o ambiente alegre facilitam a aproximação entre clientes e fornecedores e produzem receitas para todos", afirma Carlos Col.

"A Stock Car se consolidou como o principal espaço para marketing de relacionamento entre os esportes brasileiros. O futebol envolve grandes massas, mas não há como fazer marketing de relacionamento em campo de futebol", explica o presidente da Vicar.

A presença da televisão também é relevante. Seis corridas têm transmissões ao vivo da Rede Globo e as 12 etapas são mostradas pela SporTV (seis ao vivo e seis em videoteipe). O retorno de mídia de 2004, somados os segmentos impresso, eletrônico e de internet, superou os R$ 193 milhões, quase três vezes o valor de 2002 (67,8 milhões). Para este ano, se espera um aumento entre 20% e 25%. Para se ter uma idéia da grandiosidade da categoria, foram computadas 207 horas de televisão, 280 mil centímetros de matérias em jornais e revistas e 14.865 textos de internet.

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