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Governo oferece bolsas

O governo federal, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), oferece bolsas de estudos no exterior, para programas de doutorado, estágio de doutorando e estágio pós-doutoral. Conforme a temporada, também surgem programas para a graduação, quando, geralmente, a escolha é feita com provas de idioma e avaliação do rendimento acadêmico. Além da bolsa mensal, o governo paga a passagem de ida e volta. Atuação parecida tem o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Serviço: Capes – www.capes.gov.br/bolsas/noexterior; CNPq – www.cnpq.br.

Na disputa por uma vaga no mercado de trabalho, um dos caminhos que vêm sendo trilhados pelos novos profissionais é o investimento em cursos de aperfeiçoamento em outros países. Um bom rendimento acadêmico e a fluência no idioma do país de destino pretendido fazem a diferença na hora de conseguir a oportunidade.

Rogério Monteiro, aluno de Engenharia Eletrotécnica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e hoje gerente da qualidade de uma empresa de gestão e tecnologia, é prova de que dominar a língua estrangeira facilita os contatos. Ele passou seis meses na Universidade Tecnológica de Troyes, na França e, na parte final do intercâmbio, foi escolhido para trabalhar na multinacional Faurecia, em Portugal. A empresa precisava de alguém fluente em francês e português e por isso ele se destacou.

A coordenadora do núcleo de relações internacionais do Centro Universitário FAE (UniFAE), Areta Galat, aponta a falta de fluência em um idioma estrangeiro como principal barreira quando se pretende participar de algum programa de intercâmbio. "Os alunos precisam mostrar proficiência na língua, mas não se preparam com antecedência, o que dificulta o processo".

Opções

Quem estuda no UniFAE pode optar pelo convênio de dupla diplomação com a Faculdade de Münster (Alemanha), pelo MBA em parceria com a Baldwin Wallace ou pelo programa de atualização profissional de curta duração em parceria com a Siena College (ambas dos Estados Unidos). O intercâmbio de dupla diplomação inclui o cumprimento do estudo-base na escola de origem e um desenvolvimento posterior na escola visitante, seguido de estágio em uma empresa.

Já a UTFPR possui convênios com universidades tecnológicas estrangeiras, além das parcerias com escolas superiores de ensino técnico. O aluno interessado pode desenvolver projetos, pesquisas, visitas culturais e técnicas e estágios em instituições da Alemanha, Argentina, Espanha, Estados Unidos, França e Japão, entre outros países. Entre os alunos dos cursos de Engenharia e Tecnologia, o intercâmbio – de-nominado Formação Sanduíche – ocorre nos últimos semestres de graduação. O estudante passa seis meses em outra universidade e outros seis fazendo estágio supervisionado e remunerado.

A Pontifícia Universidade Católica (PUCPR) mantém convênio com 42 instituições de ensino internacionais. Entre os destinos mais procurados estão Alema-nha, Canadá, França, Itália e Japão. O núcleo de intercâmbio universitário e cooperação internacional envia para o exterior cerca de 30 alunos por semestre. Um deles foi a estudante de Arquitetura e Urbanismo Jaqueline dos Santos, que passou seis meses na Universidade de Ferrara (Itália). "A experiência abriu novos horizontes. Quando se vive apenas com um ciclo de professores na faculdade, você acaba tendo o mesmo pensamento que eles."

Mas a qualidade do curso no exterior não é unanimidade. Monteiro, aluno da UTFPR, considera fraco o curso de engenharia francês. "A infra-estrutura oferecida lá é perfeita, mas senti falta de prática dos professores. Aqui os professores nos ensinam coisas que viram no trabalho naquele mesmo dia", diz. "A diferença é que os franceses têm uma grande facilidade em entrar em bons programas de pós-graduação, além de receber por isso."

Experiências internacionais também são uma boa pedida durante a pós-graduação. "O papel da instituição universitária é preparar o aluno para o ambiente global", diz o coordenador de relações com o mercado do Centro Universitário Positivo (UnicenP), Bruno Fernandes. "A internacionalização do ensino representa a globalização em termos de educação."

O UnicenP possui uma linha de pesquisa em internacionalização do mestrado em Administração que permite a seus alunos experiências em outros países, como a da acadêmica Beatris Fernandes. A mestranda pesquisou a figura do empreendedor social na França. Consultora de responsabilidade social do Sesi, ela visitou uma ong francesa que atua no amparo a moradores de rua, a Emaus. "A experiência deu muito mais peso à minha dissertação"

O diretor técnico do Sebrae, Allan Costa, terminou no ano passado seu mestrado em Tecnologia da Informação e Gestão da Mudança na Universidade de Lancaster (Inglaterra), e acredita que a experiência tenha contribuído para alavancar sua carreira. Ele já tinha um mestrado em Gestão Empresarial. "O ensino de fora não tem grandes vantagens. Mas o fato de se cursar um programa com pessoas de grande diversidade cultural faz toda a diferença na forma como se enxerga o mundo e se analisam questões sociais complexas."

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