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O Mercosul e seus associados – Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru – não conseguiram fechar o pacto de não-adoção de medidas protecionistas entre si, objetivo em que se empenhou especialmente o governo brasileiro. Apesar do reforço da necessidade de aprofunda-mento da integração regional como receita para enfrentar a crise financeira internacional, nenhuma das autoridades dos dez países reunidas ontem no Palácio Itamaraty chegou a se comprometer com o banimento do uso de barreiras para corrigir possíveis desequilíbrios no comércio regional.

Todos aceitaram que a fórmula para evitar que o mercado sul-americano seja invadido por exportações asiáticas seja o resgate das negociações do acordo do Mercosul sobre a aplicação de salvaguardas e medidas de defesa comercial. Trata-se de uma iniciativa com potencial para detonar um dos princípios básicos do bloco – a tomada de decisões por consenso.

"O aprofundamento da integração é o caminho para se enfrentar a crise", afirmou Jorge Taiana, ministro das Relações Exteriores da Argentina, o primeiro país da região a adotar medidas de restrição a importações e a indicar sua possível necessidade de barrar o ingresso de produtos brasileiros. "A resposta à crise não é o protecionismo, de forma geral. Sobretudo, dentro do Mercosul. A resposta é mais integração. Temos de estar muito vigilantes", insistiu o chanceler Celso Amorim.

Esse encontro extraordinário do Conselho do Mercado Comum (CMC) – instância de decisões do Mercosul composta pelos ministros da Fazenda e de Relações Exteriores e por presidentes dos bancos centrais – foi qualificado como um primeiro passo para um acordo econômico-comercial do bloco e para que a América do Sul venha a se expor nos foros de debate da crise com "voz única", como defendeu Amorim.

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