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Os sócios Juliana Jabs e Diosenei Burn. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Os sócios Juliana Jabs e Diosenei Burn.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Depois de dez anos de experiência na consultoria para formação de salões de beleza, os sócios Juliana Jabs e Diosenei Burn mudaram de lado do balcão com o projeto Pocket Beauty. A ideia de construir uma unidade sustentável foi apresentada durante a Beauty Fair, feira especializada do segmento, em 2013. O uso de contêineres para a estrutura física e todos os elementos de abastecimento do salão, da água à iluminação e revestimentos, passando pela seleção de produtos e as políticas de preservação ambiental compartilhadas no treinamento dos profissionais, faziam parte do conceito de sustentabilidade do projeto.

“A intenção era demonstrar todos os recursos disponíveis, concentrados em um só lugar”, diz Juliana. O que era pra ser só exemplo e inspirar atitudes ambientalmente responsáveis virou negócio.

EXPANSÃO

Em dois anos de operação, a franquia Pocket Beauty tem dois contratos assinados. O mesmo modelo de Curitiba será aplicado na unidade de Cajamar, no interior de São Paulo, com inauguração prevista para outubro. A outra, em Arapiraca, Alagoas, vai inaugurar um novo modelo. Será a primeira loja da marca dentro de um shopping. “Nesse caso, a nossa proposta de gestão sustentável deve ser ainda mais evidente”, diz a executiva Juliana Jabs, sócia da franqueadora. Os planos de expansão incluem ainda mais dois contratos fechados até o fim do ano e a abertura das primeiras unidades internacionais no ano que vem, quando a consultoria quer fechar dez novas franquias. “Vamos abrir uma nos Estados Unidos e outra na Europa, onde já há interessados”, explica.

Foi assim que a franquia nasceu antes que uma unidade própria fosse montada, numa inversão rara de protocolo. O potencial da proposta conquistou o aval da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que aprovou a ideia apesar de o projeto só existir no papel. Também ficou entre os dez mais inovadores e sustentáveis em uma seleção realizada pelo Sebrae.

A primeira loja da Pocket Beauty só foi aberta em setembro de 2013, meses depois do lançamento da franquia. Fica no bairro Água Verde, em Curitiba. Usa quatro contêineres e oferece serviços de cabeleireiro, manicure, depilação, estética, além de abrigar um bistrô. E mantém políticas de uso de água e energia sustentáveis, conforme reza o projeto original.

Investimento

A franquia estabelece três tamanhos de salão de beleza, com uso de um a três containeres de 30 m2 cada um. O investimento inicial e a taxa de franquia variam de R$ 199 mil a R$ 399 mil, com níveis de faturamento a partir de R$ 70 mil por mês, na menor unidade, até R$ 180 mil, na maior. Os valores incluem a obra completa, instalada, com decoração, equipamentos e sistema operacional instalado, além do treinamento e suporte para a contratação da equipe. “Entregamos com a chave na mão, pronto para operar”, diz Juliana.

O uso do contêiner como matéria-prima permite uma construção rápida e limpa, que fica pronta em até 30 dias e custa 30% mais barata do que uma obra em alvenaria. Pode ser montada em um terreno alugado – com custo menor do que um imóvel já construído –, o que garante a mobilidade necessária para mudança de endereço, em caso de contratos de locação não renovados.

Para otimizar espaço e recursos, o salão trabalha com agendamento, e o atendimento ganha status de exclusivo. Nem por isso os preços deixam de ser competitivos. Juliana garante que os valores podem ser equiparados às redes do segmento, presentes em shoppings centers. “É um preço justo”, diz.

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