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Movimento de caminhões na região metropolitana de Curitiba: combustível ficou 3,2% mais barato no Paraná | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Movimento de caminhões na região metropolitana de Curitiba: combustível ficou 3,2% mais barato no Paraná| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

A queda de 3,2% no preço do óleo diesel, verificada nas últimas quatro semanas no Paraná, não deverá resultar em um barateamento no frete no estado. A diminuição do preço nas bombas ainda está longe dos 9,6% previstos pelo governo, mas a meta, mesmo se atingida, deverá significar pouca coisa na redução do custo dos transportes.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Setcepar), o diesel representa cerca de 30% do custo do frete. "Com isso, mesmo se a redução do preço na bomba ocorrer conforme a previsão do governo, haverá um impacto inferior a 3% no custo das operações", avalia o presidente da entidade, Fernando Klein Nunes.

Para o sindicalista, apesar da queda do combustível, o mais provável é que haja um reajuste no preço do frete. "Estamos trabalhando com uma defasagem de 7,6%, em média, no acumulado dos últimos 12 meses. Seria necessário uma redução efetiva de 25% no custo do diesel para neutralizar a necessidade de um reajuste", afirma.

Mas, para o diretor do setor de transporte de cargas da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Paulo Vicente Kaleffi, a política de preços das transportadoras deve ser pautada pelo regime de compensação. "É justo que os clientes que tiveram um aumento no custo do frete, quando o preço do óleo diesel foi reajustado para cima, agora recebam um desconto proporcional", avalia.

Para Kaleffi, a redução no preço do diesel ainda é muito tímida para representar alguma folga no resultado das empresas de transporte. "A medida foi uma forma de socorrer o setor rodoviário, que não havia sido contemplado por medidas contra a crise como outros setores da economia. Mas o governo foi muito singelo na redução", afirma.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Paraná (Sindicombustíveis-PR), Roberto Fregonese, ainda há "muito espaço" para a queda no preço do diesel. Segundo ele, a existência de grandes estoques nas distribuidoras vem retardando o repasse dos preços ao consumidor final. "A única companhia que repassou os valores até agora foi a Petrobras. As outras estão segurado os preços no mesmo patamar, mas a redução deve acontecer gradualmente nas próximas semanas", garante.

Biodiesel

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou ontem que entrará em vigor, no dia 1º de julho, a mistura de 4% de biodiesel no diesel. A decisão do governo, anunciada em maio, foi aprovada ontem em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Lobão disse que a intenção do governo é de ampliar a mistura para 5% no próximo ano.

A adição do biodiesel ao diesel começou a ser adotada obrigatoriamente no Brasil em 1º de janeiro de 2008, com o porcentual de mistura de 2%. Em janeiro deste ano, subiu para 3%.

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