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A rede de lojas Frischmann’s encerra 2006 trocando sua primeira e maior sede – um prédio de 3 mil metros quadrados no centro de Curitiba – por espaços menores. A tradicional rede de lojas paranaense, famosa por vender trajes sociais a preços populares, cansou de tentar concorrer com grandes redes nacionais de varejo. Em novembro, após 83 anos, deixou o ponto da esquina da Praça Tiradentes com a Rua Monsenhor Celso. Passa a atuar em quatro lojas pequenas, na região central da capital.

"Estamos entrando em uma nova era", avisa o patriarca do grupo, Maurício Frischmann. Os novos tempos, adianta ele, incluem não só a reestruturação do atendimento como a entrada no mercado imobiliário em 2007, com o lançamento de um edifício residencial no Bigorrilho. "Nosso auge começa agora", promete.

O alto custo operacional do prédio de cinco andares e a dificuldade de ter de disputar mercado com grupos que tem um poder de competição mais forte – que conseguem negociar melhores preços com os fornecedores – forçaram o "Amigão", apelido da rede, a virar a página de sua história como grande loja de departamentos de vestuário de Curitiba.

A construção de 1900, antigo palácio da família Hauer, chegou a ter todos os andares ocupados por departamentos, inclusive de eletrodomésticos. Nos últimos tempos, porém, apenas o andar térreo e a sobreloja estavam sendo utilizados. "O comércio do centro de Curitiba mudou de perfil. Este tipo de loja ficou restrito aos grandes grupos nacionais, que podem oferecer melhores preços e financiamento. Para nós, é mais rentável alugar o prédio", explica Frischmann. Não é à toa que o novo ocupante do ponto comercial, há duas semanas, é a Riachuelo.

Há quatro anos, o grupo paranaense ensaiou uma parceria com uma universidade do Rio do Janeiro para aproveitar o espaço ocioso da loja da Tiradentes. "Não funcionou. Nosso negócio é trabalhar com vendas, não adianta se arriscar em outras áreas", diz o presidente da rede. A venda dos trajes sociais permanece em quatro lojas de 400 metros quadrados cada – três no centro e uma no bairro Juvevê, inaugurada na quinta-feira passada. "Nas lojas menores temos a oportunidade de oferecer um atendimento mais personalizado para o cliente", avalia o presidente do grupo. O carro-chefe da marca continuam sendo os ternos baratos – com preços abaixo dos R$ 100.

Leia mais sobre os planos da rede e o perfil das lojas no site da versão impressa da Gazeta do Povo (conteúdo exclusivo para assinantes)

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