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Em função da crise externa e da queda de preços de matérias-primas (commodities), a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) reduziu suas projeções para os totais deste ano de exportações, importações e superávit comercial. A previsão para exportações baixou de US$ 208 bilhões para US$ 204 bilhões. A de importações diminuiu de US$ 183 bilhões para US$ 180 bilhões. Com isso, o superávit comercial esperado também foi reduzido - de US$ 25 bilhões para US$ 24 bilhões.

Com base nos números preliminares até a terceira semana de outubro, a Funcex projeta que neste mês as exportações no mês serão de cerca de US$ 19,4 bilhões e as importações de US$ 17,8 bilhões, resultando em superávit de cerca de US$ 1,5 bilhão. Os números significam aumentos em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado de 22,8% nas exportações e de 44,4% nas importações. Em setembro, as altas de exportações e importações em relação ao mesmo mês do ano passado foram de 41,3% e 61,4%, respectivamente.

"A desaceleração do crescimento das exportações em outubro já é resultado da queda "na ponta" dos preços de exportação, como reflexo do aprofundamento da crise financeira mundial, cujos efeitos se fizeram sentir de forma bastante intensa nas cotações internacionais de commodities", diz o Boletim de Comércio Exterior da Funcex, divulgado hoje por e-mail e que tinha data de divulgação programada para 5 de novembro

A Funcex registra que em média os preços de exportação caíram 2 1% em setembro em relação a agosto. Nos produtos básicos, a queda foi ainda mais acentuada e atingiu 4,6%, "indicando que a redução das cotações internacionais das commodities a partir de julho já começa a mostrar seus efeitos". Os preços dos produtos importados em setembro reduziram-se 0,7% na comparação com agosto

No entanto, em relação a setembro do ano passado, os preços de exportação cresceram 35,9%, sendo os maiores responsáveis pelo aumento de 41,3% do valor (preço vezes quantidade) das exportações no mesmo período, para US$ 20 bilhões. O volume físico exportado aumentou 4% no mês passado em relação a setembro de 2007

Já o valor das importações teve acréscimo de 61,4% em setembro ante o mesmo período do ano passado, para US$ 17,3 bilhões. A elevação foi explicada por uma alta de 26,9% nos preços e 27% na quantidade importada

Rentabilidade

A alta do dólar elevou o índice de rentabilidade de exportações, calculado pela Funcex, em setembro em 8,3% na comparação com agosto e em 11,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. "A forte desvalorização cambial compensou amplamente o aumento de 0 9% nos custos de produção e a retração de 2,1% dos preços de exportação entre setembro e agosto de 2008", registrou o Boletim de Comércio Exterior da Funcex.

De acordo com a Funcex, descontando os preços no atacado no Brasil e em outros países, o dólar subiu 9,6% em relação ao real e a cesta de 13 moedas importantes para o comércio exterior brasileiro aumentou 8,9% em comparação com a brasileira. Quando o desconto se dá em reação aos índices de preço ao consumidor, os porcentuais de alta em comparação ao real são de 11,6% para o dólar e de 9,8% para a cesta de 13 moedas.

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