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Os funcionários do setor operacional e técnicos químicos da Sanepar em Curitiba decidiram encerrar a paralisação na tarde desta quarta-feira (15). O grupo de aproximadamente 100 pessoas fez votação simbólica e encerrou o manifesto, que já durava dois dias. O ato reuniu a metade dos que começaram os protestos em frente à sede da empresa, no bairro Rebouças, na capital paranaense. A estimativa da entidade que representa os funcionários é de que 10% dos colaboradores curitibanos aderiram à paralisação das atividades nestes dois dias.

Os sindicatos representantes da categoria agora devem entrar na Justiça para tentar receber uma quantia maior de recursos do Programa de Participação dos Resultados (PPR) da Sanepar, o motivo do descontentamento dos trabalhadores e que gerou a paralisação. Enquanto não houver o posicionamento do Poder Judiciário a respeito do tema, os grevistas garantem que não faltará água na capital. A expectativa do Sindicato dos Trabalhadores na Captação, Purificação, Tratamento e Distribuição de Água e Captação e Tratamento e Serviços de Esgoto e Meio Ambiente de Cascavel e Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná (Saemac) é de que a sentença saia em até cinco dias.

Além de Curitiba, durante a manhã foram registradas paralisações no litoral, em Guaratuba e em Matinhos, mas o abastecimento não foi afetado. Perto de 20 funcionários (20% dos colaboradores das cidades) cruzaram os braços nos dois municípios. A partir desta quinta-feira (16), a paralisação nos dois municípios também estará suspensa.

No interior do estado, em Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Ponta Grossa e Guarapuava, os funcionários já haviam retomado o trabalho nesta terça-feira (14), primeiro dia de interrupções no trabalho.

No Noroeste do estado, os trabalhadores filiados ao Sindicato dos Trabalhadores Água e Esgoto Saneamento Maringá e Região Noroeste Paraná (Sindaen) não entraram em greve, mas marcaram assembleia para a segunda-feira (20) para saber se paralisam as atividades. No Norte, os filiados ao Sindicato da Água e Esgoto de Londrina e Região (Sindael) também decidiram não cruzar os braços.

Reivindicações

O pedido dos funcionários é o pagamento de R$ 4,6 mil para cada um dos servidores. O valor representa 25% do total dos lucros distribuído aos sócios e acionistas. A proposta da Sanepar, no entanto, é efetuar o pagamento de metade do valor, R$ 2,3 mil. Na última sexta-feira (10), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a pedido da companhia, chegou a realizar uma audiência para tentar um consenso entre empresa e trabalhadores, sem conseguir firmar um acordo. Os trabalhadores agora suspenderam a paralisação, mas mantiveram o indicativo de greve, que só deve ser suspenso no caso de a justiça fornecer parecer favorável aos funcionários em ação que o sindicato representante da categoria prepara para entrar contra a companhia de saneamento.

A Sanepar, por meio da assessoria de imprensa, disse que aguada o comunicado oficial da suspenção da paralisação dos funcionários para se posicionar a respeito da decisão do sindicato de entrar na justiça contra a empresa.

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