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Na próxima segunda-feira, os advogados da entidade representativa dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) entrarão com recurso administrativo na Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência, para tentar reverter a intervenção no fundo de previdência da categoria, o Aerus, determinada na última quarta-feira.

Para o coordenador da TGV, Márcio Marsillac, é preciso abrir um canal de negociação:

- Ficou muito claro para todos que, se a proposta apresentada pelos trabalhadores trouxer maior capacidade para a empresa honrar sua dívida junto ao Aerus e também trouxer um melhor equilíbrio atuarial para o fundo de pensão, não haverá problema de levantar a liquidação e permitir a viabilização da proposta apresentada pela TGV - afirmou Marsillac.

O advogado da entidade, Otávio Neves, acredita que a decisão da Secretaria de Previdência Complementar poderá ser revertida ao se apresentarem as contra-razões à medida. Ele não descartou, entretanto, a possibilidade de os trabalhadores entrarem com recurso na Justiça contra a intervenção.

Márcio Marsillac disse que está mantida a proposta dos funcionários da Varig de usar parte da poupança acumulada no Aerus no processo de recuperação da empresa.

- A proposta continua de pé e será motivo de um grupo de trabalho que se inicia na próxima segunda-feira, coordenado pelo Ministério da Defesa, junto com os técnicos da (secretaria) SPC e (dos trabalhadores) TGV. Essa é a promessa feita pelo ministro Waldir Pires - revelou o comandante.

O coordenador da entidade que representa os trabalhadores esclareceu que o plano emergencial formulado pela empresa de consultoria norte-americana Alvarez & Marsal para a reestruturação da Varig se sustenta, mesmo sem o aporte de novos recursos - aludindo à hipótese de não ser revertida a intervenção no Aerus.

- Isso só torna o caminho mais sofrido e delicado. O risco é um pouco maior. O que nós pretendíamos é aliviar esse risco, acelerar o processo de retomada dos aviões, acabando com os atrasos que têm ocorrido, além de melhorar o faturamento e a rentabilidade da empresa - disse.

Tudo isso, na avaliação de Marsillac, é melhor para pagar o custo corrente da empresa, os impostos, os salários dos trabalhadores e os fornecedores. Ele entende que a segregação dos ativos operacionais da Varig, autorizada pela Justiça do Trabalho, e a garantia de que a empresa é operacionalmente rentável e livre do passivo "é o melhor para se manter a Varig no ar".

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