Em lados opostos, dois dos principais fundos de pensão do País, a Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) e a Funcef (Caixa Econômica Federal), vão participar da disputa pela Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Na quinta-feira (8), o presidente da Previ, Sérgio Rosa, revelou que vem articulando a formação de um consórcio que deverá reunir a mineradora Vale, a CPFL Energia e o Grupo Neoenergia, três empresas nas quais o fundo participa do bloco de controle.
"As empresas estão interessadas e têm conversado entre si", afirmou. Já a Funcef deve entrar na disputa ao lado da Construtora Odebrecht. Segundo o presidente do fundo, Guilherme Lacerda, a parceria deve ser assinada em breve. "Queremos entrar no empreendimento desde o início", disse. Segundo ele, o negócio despertou o interesse da fundação por causa das boas taxas de retorno. "A previsão é que o Brasil crescerá sem grandes solavancos, o que vai estimular a demanda por energia.
Investimentos no setor de infraestrutura são bastante comuns entre os fundos de previdência em razão do caráter do negócio, com retorno de longo prazo. Isso facilita o planejamento atuarial dessas entidades, que buscam garantir o pagamento de benefícios futuros aos seus participantes.
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