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São Paulo - Planejar a aposentaria com investimentos em fundos de previdência que mesclam renda fixa com variável pode ser melhor negócio do que manter-se na tradicional aplicação de previdência complementar. A ideia é compartilhada por diversos especialistas em finanças pessoais. Silvio Paixão, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) especializado em previdência privada, afirma que o resultado do investimento é "muito melhor" em produtos compostos, ou seja, que têm um mix entre renda variável (ações) e fixa.

Hoje, todos os grandes bancos – Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, HSBC e Santander – oferecem produtos desse tipo, com poucas alterações entre eles. Por lei, os planos de previdência podem colocar no máximo 49% do total investido em ações. O porcentual mínimo é de 10%, mas esse valor varia conforme o plano de cada banco. Tanto o professor quanto os dirigentes dos bancos recomendam a carteira mais exposta às ações para investidores mais jovens, que estão mais distantes de alcançar o resgate do aporte. "Também é importante checar qual o interesse do investidor em ter risco ou não. Às vezes, ele tem perfil de risco mesmo se tiver idade mais avançada, daí montamos um plano de acordo com isso", explica Osvaldo Nascimento, diretor executivo do Itaú Unibanco.

Com R$ 25 já é possível iniciar em um plano de previdência no Banco do Brasil. Bradesco, Itaú Unibanco e HSBC exigem aplicação mínima de R$ 30. No Santander, o plano de menor valor de investimento é de R$ 50. Os custos das taxas de administração e de carregamento também precisam ser observados na hora da aquisição do produto, porque reduzem a rentabilidade líquida. "Em geral, produtos mais sofisticados, como os planos de previdência mista, têm taxa mais alta, mas a rentabilidade também é mais elevada", diz Gilberto Abre, diretor de Previdência do Santander. "Quanto mais alto o valor investido, mais baixa a taxa", completa Edson Lara, superintendente do HSBC.

Para o investidor, na prática, durante os investimentos, essa opção não acarreta mais trabalho, já que os ativos são aplicados em fundos de ações e a gestão é feita pelo banco. "Mas é lógico que é importante que o investidor acompanhe os seus recursos, sobretudo para checar se as rentabilidades estão conforme o esperado", diz Tarcísio Godoy, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

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