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Fundos se sentiram excluídos nas negociações da incorporação da ALL pelo grupo Cosan | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Fundos se sentiram excluídos nas negociações da incorporação da ALL pelo grupo Cosan| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Os fundos de pensão Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e o BRZ (que tem como cotistas Funcef, Petros, Postalis, Forluz e Valia) já receberam propostas de bancos independentes para representá-los nas negociações que envolvem a incorporação da América Latina Logística (ALL) pela Rumo, controlada pelo grupo Cosan. Esses fundos buscam um consultor independente para estudar formas de maximizar o valor da ALL. Eles consideram que a proposta feita pela Rumo, de R$ 10,18 por ação, não é condizente com o tamanho do ativo.

Desde a semana passada esses fundos, que fazem parte do atual bloco de controle da ferrovia, estão em conversas com bancos. Os termos da fusão entre a ALL e a Rumo anunciados na segunda-feira não agradaram ao grupo. A reportagem apurou que os fundos de pensão Previ e Funcef e a BRZ consideram a operação como uma oferta hostil da Rumo. Eles também não se sentem representados pela Estáter, contratada pela ALL. De acordo com os fundos, a Estáter estaria mais alinhada com o BNDES e os acionistas privados da ALL. Eles se sentiram excluídos das negociações com a Cosan.

Na semana passada, os fundos começaram a conversar com bancos e pediram orçamentos. Credit Suisse, Itaú BBA e BR Partners foram consultados, segundos fontes ouvidas pela Agência Estado. Os orçamentos recebidos pelo grupo insatisfeito com a contratação da Estáter variam entre R$ 6 milhões e R$ 30 milhões, cifras bem abaixo do que a Estáter estaria cobrando para conduzir as negociações.

Ontem, durante reunião com executivos da ALL, os fundos manifestaram-se contra a contratação da Estáter, que teria apresentado um orçamento de R$ 70 milhões para representar a ferrovia. No entanto, a Estáter foi confirmada como empresa que vai assessorar a ALL no negócio.

Bovespa

Diante de incertezas acerca da fusão, as ações da ALL fecharam em queda de 6,48% ontem, cotadas a R$ 6,64, e apresentaram a maior desvalorização do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, que recuou 1,43%. Os papéis da Cosan caíram 1,53%, para R$ 36,04. Na segunda-feira, as ações da ALL haviam subido 8,74%.

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