• Carregando...

A fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour é um "assunto de empresa privada, não do governo", afirmou ontem o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. "As companhias é que devem resolver", disse. Segundo ele, o negócio pode criar "o maior player de varejo do mundo". "Se as empresas acharem que é interessante, o negócio sai. Caso contrário, não cabe ao governo fazer."

Pimentel reafirmou que, do ponto de vista do BNDES, a transação pode ser positiva. Ele se encontrou com membros do governo da França, mas disse que não tratou da fusão das varejistas.

Política

Também em Paris, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que seria "inadmissível" uma atuação politica do BNDES no projeto de fusão. "É uma decisão comercial. É preciso que o BNDES justifique sua atuação nesta questão. De que é uma questão eminentemente comercial", disse o ministro, descartando a possibilidade de pressão politica.

Mantega respondeu aos críticos que dizem que o papel do BNDES é financiar infraestrutura no país e não indústrias privadas do varejo. "O BNDES pode financiar muitos setores no Brasil. É uma decisão do BNDES, não é uma decisão do governo. O governo não se mete nesta questão. É uma questão comercial privada."

"Fumaça"

Para o diretor-executivo da divisão Internacional e de Comércio do BNDES, Luiz Eduar­­do Melin, "há mais fumaça do que fogo" no caso da fusão. Segundo ele, o banco de fomento recebeu uma proposta normal e tinha a obrigação de analisá-la. A conclusão foi de que o negócio seria economicamente interessante e viável para todos os parceiros envolvidos.

Melin reforçou que o comitê de crédito do BNDES, que avaliou o caso, colocou precondições. "A número um é que todas as companhias e grupos envolvidos devem estar de acordo", disse. Na avaliação do diretor, essa precondição não foi bem divulgada. "A intenção não é entrar numa disputa privada."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]