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Gordon Brown, Lula e Obama, entre outros líderes, posam para foto com a rainha Elizabeth | Kirsty Wigglesworth/Reuters
Gordon Brown, Lula e Obama, entre outros líderes, posam para foto com a rainha Elizabeth| Foto: Kirsty Wigglesworth/Reuters

Brown ironiza Lula ao falar sobre economia

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao responder a uma pergunta sobre de quem era a culpa pela crise econômica mundial. "Estive no Brasil na semana passada e acho que o presidente Lula me perdoará por dizer isso", começou Brown. "Ele me disse: ‘Quando eu era líder do sindicato, eu culpava o governo. Quando me tornei líder da oposição, eu culpava o governo. Quando me tornei governo, passei a culpar a Europa e a América’".

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  • Uma morte em protesto na City - Um homem morreu ontem após cair no chão durante as manifestações de protesto contra o G20 na City, centro financeiro de Londres. Os detalhes sobre o incidente não foram informados, mas alguns manifestantes ficaram feridos horas antes em um enfrentamento com um cordão de policiais, próximo ao Banco da Inglaterra. Um grupo de manifestantes invadiu o edifício do Royal Bank of Scotland (RBS), também na City, e quebrou os vidros de algumas de suas janelas. A tensão, ao que até então era um protesto pacífico, tomou conta quando as forças de segurança cercaram os manifestantes. O protesto leva o nome de G20 Meltdown
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    Londres - O encontro dos países do Grupo dos 20 (G-20), que reúne as economias desenvolvidas e as principais emergentes, deve fechar um acordo para injetar US$ 1 trilhão em instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial para combater os efeitos da crise global. A informação foi dada ontem dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e das Relações Exteriores, Celso Amorim.

    Esse valor, não confirmado por outras fontes, equivale a 75% de tudo o que a economia brasileira produziu em 2007 (PIB de US$ 1,3 trilhão) e é quatro vezes o que o FMI tem disponível atualmente para ajudar economias em problemas (US$ 250 bilhões). O valor é muito maior do que o que vinha sendo discutido – na versão do documento final da cúpula que vazou no início da semana, os valores estavam com um x, mas o primeiro-ministro da Grã-Bretanha já havia falado em apenas US$ 100 bilhões.

    Os ministros faziam parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que almoçou em Paris com o colega francês, Nicolas Sarkozy, antes de pegar um trem para Londres.

    Lula amenizou sua posição em relação à reforma do FMI e admitiu pela primeira vez que o país pode injetar dinheiro no Fundo agora, para discutir mudanças que lhe garantam mais poder depois. "Uma coisa é a discussão emergencial para retomar a atividade econômica e normalizar o mundo. Outra coisa é mudar as regras de funcionamento das instituições multilaterais. Isso não precisa ser amanhã. Pode ser daqui a um, dois, quatro meses", disse o presidente. Nem Lula nem Mantega disseram de quanto pode ser a contribuição do Brasil.

    Lula deve usar a possível injeção de dinheiro para tentar aumentar a projeção do país no cenário internacional e "falar de igual para igual" com os países mais poderosos. "Se for necessário colocar dinheiro como empréstimo, desde que não diminua nossas reservas, não tem problema", disse. Hoje, o país tem cerca de US$ 200 bilhões em reservas internacionais.

    A negociação do G-20 não pode ser na base do "dá ou desce", também disse Lula, admitindo que ainda há divergências entre os líderes das principais economias do mundo às vésperas do encontro para tentar estimular a economia global e criar novas regulações dos mercados. "Será uma reunião entre amigos, mas uma reunião difícil, porque nem todos os amigos estão pensando igual neste momento, cada um está pensando no seu povo, no seu país", disse Lula pela manhã, em declaração ao lado do colega Nicolas Sarkozy, no Palácio do Eliseu, sede do governo francês.

    Mais tarde, em entrevista no trem Paris-Londres, Lula disse que não pretende seguir o exemplo do colega francês, que ameaçou deixar a reunião caso o G-20 não chegue a propostas concretas contra a crise. "Você não faz negociação com o pé na parede, existe uma negociação", disse. Após ter colocado a culpa na crise nos "brancos de olhos azuis", Lula voltou a cobrar dos países ricos mais respostas para a crise. "É a primeira vez que sentamos em igualdade de condições. O que é importante é que, se os países ricos resolverem seus problemas, já é meio caminho andado", afirmou.

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