O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou nesta quarta-feira (7) que a estatal voltará a investir na Bolívia para exploração de gás natural, mas ainda não há previsão de quando terão início os empreendimentos.

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"Os investimentos podem ser retomados agora porque há segurança jurídica na Bolívia", afirmou Gabriellil. O presidente da estatal enfatizou que o país andino "sempre cumpriu com o contrato firmado com o Brasil". "Nunca houve desrespeito do contrato de gás com a Bolívia", afirmou.

Fim das incertezas

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Ele explicou que voltou atrás da decisão de não colocar mais dinheiro na Bolívia porque foram contornadas falhas na segurança jurídica local.

"Nós dissemos de forma clara que naquela conjuntura de incertezas, nós não faríamos mais investimentos na Bolívia. Essa situação se modificou porque estamos com contratos, as leis bolivianas estão definidas, os processos e procedimentos internos estão se consolidando", disse o executivo.

O presidente da estatal afirmou que não há ainda previsão de quanto será aplicado no país nem em quais campos de exploração o dinheiro será aplicado. "Nossos técnicos estão analisando. São várias alternativas e perspectivas de investimento", disse. Para acertar detalhes, Gabrielli informou que haverá uma nova reunião técnica no final deste mês.

Apesar das novas perspectivas, Gabrielli descartou aumento da capacidade do gasoduto Brasil-Bolívia, que abastece o país com 30 milhões de metros cúbicos por dia. "O contrato de fornecimento é até 2019", disse.

Produção nacional

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José Sérgio Gabrielli afirmou que a estatal está trabalhando para chegar em 2012 com uma oferta total de gás natural de 134 milhões de metros cúbicos por dia.

"Dentro do Brasil, no programa de gás da Petrobras, estamos investindo US$ 18 bilhões até 2010 e esse investimento é para aumentar a produção brasileira, aumentar a capacidade do Brasil de transportar gás porque é preciso construir gasoduto e viabilizar a implantação de plantas de regaseificação de gás", disse.

"Vamos chegar a uma produção brasileira de entrega de 73 milhões de metros cúbicos em 2012. Mais 30 milhões do gasoduto Brasil-Bolívia e mais 31 milhões de metros cúbicos de capacidade de regaseificação. Isso tudo criará condições para ter uma oferta de 134 milhões de metros cúbicos em 2012", acrescentou.

Com as plantas de regaseificação, o Brasil poderá importar gás na forma liquefeita e armazená-lo para realizar a transformação ao estado gasoso. A previsão, segundo o Ministério de Minas e Energia, é que duas novas indústrias do gênero fiquem prontas no ano que vem.