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Se os países ricos entrarem numa recessão profunda, os emergentes serão afetados, estimou nesta terça o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. "Não poderemos ficar isolados" disse.

Entretanto, ele avalia que está havendo um descolamento cada vez maior entre o mundo desenvolvido e em desenvolvimento, no que se refere ao comportamento do mercado de petróleo. Hoje, o crescimento da demanda é conduzido pelos emergentes, tendência que deve prevalecer pelos próximos anos.

As nações em desenvolvimento atualmente podem contar com a força de seus mercados domésticos e, além disso, vêm diversificando suas exportações. "Os elos com os países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) estão ficando menos conectados", disse. "Temos uma grande mudança no perfil do consumo de petróleo."

Gabrielli afirmou que a recente desaceleração dos investimentos da estatal ocorreu em razão do atraso de entrega de equipamentos importados, e não como reflexo de incertezas internas. Como o mundo enfrenta uma crise financeira, os demais países estão sendo afetados. "Mas, mesmo assim, realizamos um investimento muito grande."

O diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, disse que os projetos da Petrobras são de longo prazo, para "além da crise". Segundo ele, a crise acaba não sendo ruim para uma empresa que está comprando e investindo muito, porque reduz a pressão de custos.

Os executivos concederam entrevista à imprensa após participar do evento Oil & Money, promovido pela Energy Intelligence e o International Herald Tribune, em Londres. Durante a conferência, foi perguntado aos participantes se eles esperavam nova recessão nos países da OCDE. Dos presentes, 77% responderam que sim.

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