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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a indicação de Gabriel Galípolo para o comando do Banco Central (BC). Para Haddad, o amigo foi indicado com base em critérios técnicos e não para fazer a vontade do presidente Lula (PT).
“Você não indica pensando o que ele vai fazer, o que ele deve fazer. Indica pensando que ele é o quadro que você conhece que melhor responderá ao desafio do momento […] Então, ele não estará lá para fazer o que o Fernando Haddad ou o presidente Lula [quer]“, afirmou Haddad ao participar da 24ª edição do Valor 1000, um prêmio do jornal Valor Econômico, nesta segunda-feira (16).
Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo atuou como secretário-executivo de Haddad em 2023.
Haddad evitou comentários quando perguntado sobre as expectativas para o resultado da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que vai decidir sobre patamar da taxa básica de juros (Selic), nesta quarta-feira (18).
“Não sou diretor do Banco Central, se não eu declarava o meu voto aqui. Aliás, eu não poderia declarar se fosse. E, não sendo, não vou declarar”, disse.
Lula quer mudar presidente do BC para "coisas voltarem à normalidade"
A indicação de Galípolo para o posto foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no dia 28 de agosto.
Se aprovado pelo Senado, onde passará por sabatina, Galípolo assumirá o posto hoje ocupado por Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro.
Antes de confirmar a indicação de Galípolo, Lula disse que quando o presidente do BC for substituído “as coisas vão voltar à normalidade”.