Com o fim das férias escolares e o conseqüente aumento na circulação de veículos, os postos de combustíveis elevaram os preços da gasolina e do álcool esta semana. O aumento médio em relação aos preços praticados até o dia 21 de janeiro foi de 8,7%, para a gasolina comum e de 6% para o álcool anidro. Com isso, os valores cobrados voltaram para os mesmos patamares de 20 dias atrás.

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O preço médio do litro da gasolina comum cobrado dos consumidores curitibanos, tanto no centro da cidade quanto nos bairros, é de R$ 2,49, com um mínimo de R$ 2,47. Apesar do reajuste, o preço da gasolina em Curitiba está abaixo da média nacional, que segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP) é de R$ 2,52. No caso do álcool, o preço médio por litro ficou em R$ 1,79, com um mínimo de R$ 1,69 e máximo de R$ 1,89.

Segundo explica o presidente do Sindicombustíveis, o sindicato dos postos de Curitiba, Roberto Fregonese, os preços caíram na última semana de janeiro e permaneceram em baixa até ontem em função das promoções de algumas distribuidoras. "Não está descartada a entrada do produto adulterado, o que faz com que os postos possam praticar preços menores e os concorrentes se vêem na obrigação de também baixar seus preços para não perder clientes, mesmo que tenham que trabalhar com margens muito reduzidas de lucro", justifica.

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Fregonese diz que, com o litro da gasolina na casa de R$ 2,29, o negócio fica inviável para os empresários do setor. Ele informa que o custo de um litro da gasolina comum para o posto é de R$ 2,21, o que faz com que a margem de lucro fique em apenas R$ 0,08 por litro. Ao cobrar R$ 2,49 por litro, a margem de ganho do posto passa para R$ 0,28. "Com isso o proprietário pode respirar mais aliviado", afirma Fregonese.

O presidente do Sindicombustíveis informa que o custo médio mensal de um posto de Curitiba é de R$ 30 mil. Se ele vender 185 mil litros de gasolina por mês com uma margem de ganho de R$ 0,09 por litro, ou o correspondente a 4% sobre o preço que comprou da distribuidora, terá um faturamento de apenas R$ 17 mil. "Se o posto praticar os descontos por muito tempo, acaba fechando o mês no vermelho", explica Fregonese. Ele lembra que se a venda do combustível for efetuada através de cartão de crédito, o posto terá que pagar uma taxa de administração de 3% e receberá o dinheiro 30 dias depois. Com isso a margem de lucro cai de R$ 0,28 para R$ 0,20 por litro de gasolina.

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis, a queda dos preços dos combustíveis não tem representado aumento nas vendas para os postos. "O que se verifica é que quando o preço cai, o consumidor passa a abastecer o seu veículo em postos próximos à sua residência ou trabalho e não se desloca para outros locais em busca de preços melhores", conclui.