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A confirmação de que a gasolina terá menos álcool anidro a partir de quinta-feira, feita ontem pelo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, deve elevar o preço do combustível na bomba para até R$ 2,58 por litro, 8 centavos a mais do que o preço médio cobrado hoje no Paraná. O cálculo é do presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese. Ele considera que a redução do álcool de 25% para 20% na mistura com a gasolina deve majorar o litro para R$ 2,53. Com a provável elevação da base de cálculo do ICMS sobre o combustível, o preço bateria em R$ 2,58.

Normalmente a Secretaria da Fazenda (Sefa) corrige o imposto quando o valor cobrado na bomba é alterado. Nas contas de Fregonese, a base de cálculo sobre a qual incide a alíquota de 26%, hoje de R$ 2,58, chegaria a R$ 2,75 após o aumento nos postos. Essa projeção não tem a confirmação da Sefa. Se as contas do Sindicombustíveis estiverem certas, o consumidor paranaense vai pagar até 3,2% a mais pelo litro da gasolina. No cálculo do ministro Rondeau, essa elevação ficaria entre 1% e 2%.

A explicação para o aumento está no fato de que a gasolina pura, que passará a ter uma participação maior no produto que é vendido ao consumidor final, é mais cara que o álcool. "A gasolina não aumentará, o que aumentará é a mistura final", disse Rondeau. Ao confirmar a decisão do governo, o ministro destacou que os usineiros receberam a notícia com tranqüilidade e entenderam que perderiam mais se houvesse desabastecimento de álcool.

A medida vai reduzir a demanda de álcool em cerca de 100 milhões de litros por mês, volume que terá que ser substituído por gasolina. A preocupação do governo, segundo o ministro, é garantir o abastecimento de álcool no país.

O ministro lembrou que a redução era uma medida que já havia sido cogitada em janeiro, quando foi fixado um teto de preços com os usineiros (R$ 1,05 por litro de álcool anidro), mas que o governo preferiu aguardar uma tentativa de controle do próprio mercado. Na época, o governo tentou um acordo em torno de R$ 1.

"Passado o período, com a dificuldade que os usineiros demonstraram para manter esse nível [de preços], nós estamos efetivando, propondo efetivar a redução desta porcentagem, o que não compromete em nada o desempenho dos veículos", afirmou.

Sem informar por quanto tempo a proporção de álcool na gasolina será mantida em 20%, o ministro destacou que a medida valerá por um período de entressafra.

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