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Situação inversa - No Sudoeste, 4 mil quilos/ha

Cascavel – No Oeste e Sudoeste do estado a realidade é bastante diferente. Antoninho Fontanella, do Deral de Francisco Beltrão, disse que o desenvolvimento do milho safrinha é satisfatório. "A safra está se desenvolvendo dentro da nossa expectativa inicial e o clima tem colaborado com o desenvolvimento das lavouras."

Na área do Núcleo Regional da Seab de Francisco Beltrão, que abrange 25 municípios, os produtores semearam 64,5 mil/ha de milho com a produção estimada de 271 mil toneladas. A média de produtividade até o momento, com 32% da área colhida, se mantém nos 4 mil quilos/ha. No Núcleo da Seab em Cascavel, que compreende 28 municípios, o grão ocupa uma área de 213,9 mil/ha com produção estimada em aproximadamente 1 milhão de toneladas. O Paraná é maior produtor brasileiro. Neste ano, conforma estimativa do Rumos da Safra/Gazeta do Povo, deve colher 13,7 milhões de toneladas de mi-lho de primeira e segunda safra.

Nos últimos dias, a ameaça tem sido a ferrugem, doença pouco comum no milho. O clima quente e úmido contribuiu para o aparecimento da doença.

Miguel Portela

Jacarezinho – O que já era ruim pode ficar ainda pior. A previsão de geada para esta semana pode literalmente acabar com as áreas de milho safrinha que ainda não foram co-lhidas no Norte Pioneiro. A situação nas lavouras já era preocupante por causa do longo período de estiagem que afetou os 23 municípios da área do Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) em Jacarezinho.

Pelo terceiro ano consecutivo os produtores vão amargar prejuízos com a cultura por causa de fatores climáticos. De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, como não choveu o suficiente na região nos últimos 60 dias, é grande a probabilidade de que em algumas propriedades a produtividade não ultrapasse 2,5 mil quilos por hectare, um rendimento 50% menor do que o Deral havia projetado para os 25.800 hectares ocupados com a cultura no Norte Pioneiro. Nesse período, choveu apenas um terço do que as lavouras precisavam para se desenvolver. A falta de chuva ainda favorece proliferação das pragas. É comum perceber nas lavouras a presença de lagartas.

Até agora já foram colhidos cerca de 40% da área total ocupada com a cultura na região. Se a geada se confirmar, explica o economista do Deral, José Antônio Gervásio, os produtores que ainda não conseguiram tirar o milho das lavouras perderão toda a produção.

Prejuízos

O agricultor Rogério Pires ocupou 47 hectares da sua propriedade, em Cambará, na expectativa de uma produtividade entre 80 e 100 sacas/ha. Mas com a estiagem, o rendimento não deve atingir 40 sacas. "Foram R$ 25 mil investidos e que dificilmente serão recuperados", revela o agricultor.

José Gervásio explica que a situação é mais crítica nas lavouras de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina, Barra do Jacaré e Cambará. Segundo ele, a cultura do milho safrinha no Norte Pioneiro é de risco porque o plantio na região é feito tardiamente em relação ao restante do estado. Como o plantio é feito no começo de março, as lavouras ficam mais expostas a pouca incidência de chuva. Em outras regiões do Paraná, onde o plantio já foi concluído, os produtores não tiveram problemas e contabilizam os lucros.

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