Pequim - Na primeira vez que visitou a China após assumir o posto de secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner disse ontem que uma recuperação global sustentada depende dos esforços combinados dos EUA e da China para revisar suas economias. "Entendemos que cada um tem papel muito forte na saúde e no sucesso da economia do outro", disse Geithner.
Em sua viagem, Timothy Geithner tentou convencer o gigante asiático da confiabilidade dos bônus norte-americanos. Ele se reuniu com o presidente chinês, Hu Jintao, e com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, numa visita com o objetivo de ganhar o apoio do país e tranquilizar Pequim sobre a segurança de seus investimentos maciços em bônus do Tesouro americano. O secretário do Tesouro parecia ter cumprido sua missão, pois Hu elogiou seus esforços e Washington anunciou a retomada do Diálogo Econômico e Estratégico Bilateral para o final de julho, na capital americana.
O foco de Geithner na dependência mútua dos dois países reforça a mudança no relacionamento EUA-China desde o início da crise. Enquanto Henry Paulson ocupava o posto de secretário do Tesouro dos EUA, as reclamações dos EUA sobre as políticas comercial e cambial chinesas dominavam o relacionamento e Paulson fazia lobby pesado para que a China desse mais acesso às instituições financeiras dos EUA.
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