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Brasília - O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada em agosto foi de 190.446, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Em agosto de 2010, o dado equivalente sem revisão apontou um total de 299.415 novas vagas, já descontadas as demissões do período – com isso, houve uma diminuição de 36,4% do saldo líquido em relação a agosto do ano passado.

No mês passado, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que "com certeza" o resultado de agosto superaria o de julho (geração de 140.563 vagas) e que se aproximaria de 200 mil postos. Após revisão, o dado de julho do Caged apontou a abertura de 157 mil vagas no período.

As contratações de trabalhadores com carteira assinada superaram as demissões em 1.825.382 postos no acumulado do ano até agosto, de acordo com dados do Caged. No mesmo período do ano passado, o saldo de geração de vagas formais foi de 2.195.370 – ou seja, considerando os oito primeiros meses do ano, a geração de empregos em 2011 é 16,85% menor que a de 2010.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já admite que o ano deve terminar sem os 3 milhões de novos empregos que ele vinha prometendo desde o começo de 2011. Ontem, ele estimou um saldo entre 2,7 milhões e 3 milhões. Na semana passada, o ministro já havia dito que dificilmente atingiria o alvo. "Será um pouquinho menos que os 3 milhões que eu previa", afirmou ontem, durante entrevista à imprensa.

No ano passado, foram gerados 2,54 milhões de empregos com carteira assinada. "Tivemos um acréscimo de 400 mil postos com a Rais [Relação Anual de Informações Sociais] no ano passado, que teve o impeditivo de contratações por causa da eleição. Neste ano, deve haver mais", afirmou.

Lupi acrescentou que os meses de setembro e outubro devem trazer resultados "muito bons" para a geração de empregos com carteira assinada no país. "Não há nenhum sintoma de diminuição de empregabilidade. Se houvesse demissões, seria um sinal de alerta", disse, enfatizando que tanto o volume de contratações quanto de demissões foram recordes para meses de agosto.

Incomodado com a insistência dos jornalistas em questioná-lo sobre a tendência de desaceleração do mercado de trabalho, o ministro afirmou: "Há diminuição, mas não recessão. Não há uma queda abrupta", assegurou. Ele acrescentou que o crescimento do emprego no acumulado deste ano em relação aos estoques de empregos de dezembro de 2010 foi de 5,08%. "Isso é mais que a projeção para o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto], de 4%", comparou.

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