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O maior investimento paranaense no Nordeste pode ficar a cargo da Globoaves, de Cascavel (Oeste do Paraná). O grupo – que controla incubatórios, granjas, fábricas de ração e frigoríficos em oito estados brasileiros – estaria disposto a erguer um abatedouro de frangos no Sul do Piauí, ao custo de até R$ 100 milhões. Publicadas no início de março pelo governo daquele estado, as informações foram atribuídas a um dos diretores da Globoaves, que foi recebido pelo governador Wellington Dias. Em fevereiro, Dias havia visitado o Show Rural, em Cascavel, onde conheceu a empresa.

Pelo cronograma divulgado no Piauí, as atividades começariam com o plantio de milho em 12 mil hectares no cerrado piauiense, seguidas por parcerias com agricultores familiares para a produção de frangos caipiras e então, numa terceira etapa, a implantação de um frigorífico para abater até 100 mil frangos por dia. Ainda segundo o governo do Piauí, o empreendimento deve gerar 1,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. A produção seria destinada ao exterior, com escoamento pelos portos de Itaqui, no Maranhão, Pecém, no Ceará, ou Suape, em Pernambuco.

Apesar do nível de detalhamento dos dados que vieram a pú­­blico, o presidente da Glo­­boaves, Roberto Kaefer, disse à Gazeta do Povo que, por enquanto, não há nada definido. Se­­gundo ele, o grupo – que no Nor­­deste tem um incubatório em Feira de Santana e projetos em parceria com agricultores familiares em Alagoas – ainda tem muito o que analisar antes de se instalar no Piauí. "Depois da crise, ainda há uma ociosidade na produção de frango. Antes de abrir novos frigoríficos, temos que estudar essa possibilidade por pelo menos um ano. Ver se haverá matéria-prima, se a logística portuária é favorável. Até porque hoje ainda há muito es­­paço no Paraná, que para nós se­­gue imbatível em termos de custos e facilidades logísticas."

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