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A General Motors do Brasil admite oferecer um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para alcançar a redução de 10% da força de trabalho de sua principal unidade no país, em São José dos Campos (SP). O corte afetará aproximadamente 960 funcionários a partir de agosto.

- Vamos discutir isso com os nossos empregados e com os sindicatos. Admito até discutir PDV, por exemplo - disse à Reuters, por telefone, o vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto.

Ele, no entanto, acha pouco provável que a montadora chegue a aproveitar a abertura de 970 vagas neste ano na fábrica de Gravataí (RS) para remanejar funcionários e evitar que postos sejam cortados. Além da dificuldade geográfica, há empecilhos jurídicos e trabalhistas.

- Possível é, mas é difícil que seja viável... essas regiões têm níveis salariais diferentes - disse o executivo. A fábrica de São José dos Campos emprega cerca de 9.400 funcionários.

Os cortes, anunciados pela GM na segunda-feira, devem-se à perda de competitividade nas exportações devido, sobretudo, ao câmbio valorizado. O movimento segue-se a cortes anunciados pela Volkswagen em sua fábrica de São Bernardo. A montadora alemã não deu número para as demissões, mas sindicalistas dizem ter sido informados sobre 5.773 cortes.

Na Volks, o presidente da montadora no Brasil, Hans-Christian Maergner, prevê que deixem de ser exportados 100 mil veículos por ano, até 2008. As exportações respondem por 40% da produção da marca no país.

Enquanto isso, a GM, segundo Pinheiro Neto, tem 25% de sua produção voltada à exportação. No ano passado, foram US$ 1,6 bilhão em vendas ao exterior, com a venda de 208 mil unidades, incluindo CKDs (veículos desmontados).

- Vamos reduzir de 20% a 30% em volume - disse o vice-presidente da montadora. Com a elevação de preço praticada pela GM no exterior, ele não espera que o faturamento seja afetado. O plano da montadora envolve a desativação de um turno da linha de CKDs voltada à exportação.

Além das vagas que serão abertas em Gravataí, que vão preparar a unidade para a produção do veículo de pequeno porte que a montadora pretende lançar no ano que vem, a GM informou que contratará este ano 300 funcionários para seu Centro de Design e Engenharia em São Caetano do Sul. O Centro tem atualmente 600 funcionários e, segundo o executivo, a idéia é dobrar esse quadro.

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