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São Paulo - Com a concordata da matriz nos Estados Unidos, a General Motors do Brasil passa a fazer parte da "nova GM", grupo controlado pelo governo norte-americano para continuar a produzir as marcas mais rentáveis, entre elas a Chevrolet. Embora ganhe novo controlador, a mudança não afeta a montadora local em termos práticos, disse ontem o presidente da GM do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, em entrevista coletiva para esclarecer a situação da empresa no país. "Vamos mudar de dono por um tempo na nova GM, mas não somos parte do processo de recuperação judicial’’, disse o executivo.

Ardila afirmou que o plano de investimentos será mantido. No período entre 2007 e 2012, a montadora pretende investir US$ 2,5 bilhões para o desenvolvimento de novos produtos e a construção de uma fábrica de motores em Joinville (SC). Desses, cerca de US$ 1,5 bilhão já está confirmado e US$ 1 bilhão aguarda liberação. A GM do Brasil planeja fazer cinco lançamentos entre 2009 e 2010, o que inclui o projeto Viva, substituto do Corsa, que deve chegar no mercado no segundo semestre.

Os investimentos virão do próprio caixa da empresa, mas pode haver a busca por financiamento. Em qualquer hipótese, segundo Ardila, a GM do Brasil não irá recorrer à matriz. "Teremos agora maior independência financeira’’, disse.

Desde 2005, a General Motors do Brasil caminha sem ajuda dos EUA e assim deve continuar ao menos pelos próximos cinco anos, ressaltou o presidente da montadora. "Em termos financeiros, a empresa é saudável e lucrativa’’, afirmou.

No Brasil, as vendas da GM totalizaram 47,8 mil unidades no mês passado, volume 2% superior ao registrado em maio de 2008 e 17% maior do que em abril. Mas a participação de mercado da empresa caiu quase dois pontos porcentuais no período. De acordo com Ardila, a queda não deve ser relacionada a um tipo de resistência por parte do consumidor em relação à marca. "Até agora, as vendas refletem uma situação normal.’’ Ardila disse que a empresa passou por problemas de produção nos primeiros três meses do ano. "A produção ficou abaixo da demanda do mercado, especialmente no caso do Celta e Classic.’’

Opel

O presidente da GM do Brasil disse que a venda da Opel fechada no fim de semana passado não afeta o desenvolvimento de produtos no Brasil, como disseram analistas. Segundo Ardila, pelo acordo com o grupo canadense Magna, que passa a deter 55% da Opel em consórcio com o banco russo Sberbank e a montadora de caminhões russa GAZ, a divisão de desenvolvimento de produtos continua vinculada à GM. "Não muda nada em estrutura de produto’’, disse.

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