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Fritz Henderson, da GM: reerguer a companhia é “tarefa difícil”. | Bill Pugliano/AFP
Fritz Henderson, da GM: reerguer a companhia é “tarefa difícil”.| Foto: Bill Pugliano/AFP

Em dia tenso, Bovespa recua 2,04%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa e se manteve em território negativo durante todo o pregão de ontem. O mercado de ações doméstico não resistiu a uma onda de tensão global, provocada, entre outros fatores, pela gripe suína e sua escalada de vítimas. O câmbio não passou incólume e bateu R$ 2,22. "Apesar de alguns sinais de melhora dos indicadores da economia americana e de uma grande recuperação das bolsas, a situação ainda requer cautela", comenta Octavio Vaz, gestor de Renda Fixa da Global Equity. O termômetro da bolsa, o Ibovespa, recuou 2,04% no fechamento, descendo para os 45.819 pontos. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque sofreu perdas de 0,64%.

São Paulo - Em uma nova tentativa para evitar a concordata, a General Motors propôs a troca de seus títulos de dívida por ações da empresa. Se aprovado, o plano pode levar o governo dos Estados Unidos, seu maior credor, a tomar o controle acionário da montadora. A proposta de reestruturação, que inclui o fechamento de 13 fábricas e metade das concessionárias, o corte de 21 mil funcionários norte-americanos e a extinção da marca Pontiac, foi bem recebida pelo mercado. As ações da GM subiram 20,71% e fecharam a US$ 2,04, apesar do ceticismo de alguns analistas em relação à viabilidade do plano.

O próprio presidente-executivo da General Motors, Fritz Henderson, classificou como "tarefa difícil" convencer os credores a fazer a conversão até o dia 26 de maio, prazo previsto pela empresa para evitar a recuperação judicial. A GM tem até o dia 1º de junho para apresentar ao governo um programa de reestruturação satisfatório.

Se a proposta for aceita, a GM afirmou que conseguirá se desfazer de US$ 44 bilhões em dívidas. Nesse caso, o Tesouro dos EUA e o UAW, sindicato da indústria automotiva, passariam a deter até 89% das ações em circulação da empresa. Sozinho, o Tesouro ficaria com mais da metade dos papéis.

Chrysler

Em outra notícia do problemático mercado automotivo norte-americano, o grupo alemão Daimler (detentor da marca Mercedes) renunciou aos seus 19,9% restantes de participação na Chrysler e perdoou a dívida da qual é credor. O governo americano deu até o dia 1º de maio para a Chrysler apresentar um plano de reestruturação de suas responsabilidades financeiras e operações e que inclui uma aliança com a Fiat.

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