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A General Motors (GM) vê "uma grande oportunidade" de negócios em mercados da América do Sul, Ásia e Rússia para atenuar os efeitos da crise financeira global, afirmou Jaime Ardila, chefe de operações do fabricante americano no Mercosul.

"As expectativas de crescimento foram para os países emergentes e agora estamos aproveitando ao máximo", disse, em entrevista publicada neste domingo (15) pelo jornal argentino "La Nación".

"Vemos uma grande oportunidade na Argentina, China, Índia ou Rússia, por exemplo. E para ali vai o investimento. Ao contrário do que se pensa, no futuro, vamos investir mais nesses países", acrescentou.

Ardila, de nacionalidade colombiana, ressaltou que o mercado automobilístico "está funcionando assim" porque a crise abriu as portas a "um mundo diferente".

Destacou que "funciona muito bem" o acordo de comércio compensado de automóveis vigente entre Brasil e Argentina dentro do Mercosul, o maior bloco comercial da América Latina e ao qual a Venezuela está em processo de incorporação como membro pleno.

Ardila disse que foram recuperadas as vendas de automóveis no Brasil e que isso "compensa" uma queda nas do mercado da Argentina, que calculou em 10% este ano.

O empresário disse que depois do golpe sofrido pela indústria brasileira a partir de setembro de 2008, o que obrigou a GM a reduzir sua produção "em quase 50%", o setor automobilístico se recuperou, graças à oferta de créditos públicos e reduções de impostos.

"Em dezembro, o setor já se recuperou e, em janeiro e fevereiro, os números da indústria foram muito semelhantes aos dos mesmos meses" de 2007. "E março está sendo muito bom, com um aumento das vendas de cerca de 10%", comentou.

Ardila disse que a queda das vendas na Argentina "é compensada com as exportações ao Brasil" mediante o acordo de troca, que é "muito ordenado", "cumprido sem problemas" e "funciona muito bem".

"Não estamos pedindo ajuda em nenhum destes países da região, porque não precisamos. Só pedimos ajuda em nível industrial, que ajudem o consumidor para ampliar as vendas, mas ajuda direta à companhia, não precisamos", disse.

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