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O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), pretende enviar ao Ministério da Defesa nos próximos dias solicitação para a concessão de um terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo. Em entrevista, ontem, o governador antecipou que já dispõe de um estudo completo para a construção da nova estrutura e avaliou a alternativa como a única forma de solucionar o caos do setor aéreo brasileiro. "O estudo está pronto e sabemos onde construir um novo aeroporto nas imediações da capital", assegurou Goldman. "A situação está um caos generalizado, sem nenhuma perspectiva em curto prazo. Para solucionar esse gargalo, é importante a construção de um novo aeroporto."

O governador reafirmou que o quadro aéreo em São Paulo é "extremamente grave" e minimizou reunião prevista para julho, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe ministerial, para discutir os termos de concessão de um novo aeroporto na Grande São Paulo. "O governo federal discute essa questão desde 2007 e até agora nada. Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas têm, juntos, capacidade máxima para cerca de 35 milhões de pessoas ao ano e já estamos muito próximos desse número", cri­ticou. De acordo com Goldman, a capital paulista apresenta um aumento de demanda anual de, pelo menos, 4 milhões de passageiros. "Se continuar assim, deveríamos ter um novo aeroporto de Congonhas a cada quatro anos", constatou.

Medida paliativa

Ainda nas críticas, o governador avaliou como "paliativo" o projeto do governo federal, incluído em 2007 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de expandir o aeroporto de Guarulhos por meio da construção de um novo terminal de pousos e decolagens. "É uma medida paliativa e nem desse quebra-galho eles conseguem fazer licitação." E emendou: "O governo federal como governo é muito fraco, uma administração quase medíocre, uma inapetência geral."

Segundo Goldman, não adianta Lula destinar R$ 3 bilhões aos aeroportos do país, como estão previstos no PAC 2, sem uma boa gerência dos recursos. "O problema não é de dinheiro, é operacional. O governo federal tem dinheiro em abundância, mas falta capacidade de fazer, de colocar o ovo em pé", figurou.

Mesmo se aprovada neste ano a concessão de um novo aeroporto na capital paulista, o governador avaliou não haver tempo hábil para que ele opere na Copa do Mundo de 2014. "O prazo mínimo para se construir essa estrutura é de seis anos, ou seja, fazer um novo aeroporto para o Mundial é impossível", atestou.

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