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 | Cathal McNaughton/Arquivo Reuters
| Foto: Cathal McNaughton/Arquivo Reuters

O Google deu os primeiros passos para atender uma decisão europeia de que cidadãos devem ter links indesejáveis removidos dos resultados de pesquisas na internet. A decisão agradou defensores de privacidade, mas suscitou temores de que este direito pode ser utilizado abusivamente para ocultar informações negativas.

O equilíbrio entre privacidade e a liberdade de informação tem sido um tópico polêmico na Europa, onde cidadãos contam com algumas das leis de proteção de dados mais duras do mundo, especialmente após as revelações no ano passado sobre extensos programas dos Estados Unidos de vigilância global.

O Google, que processa mais de 90% de todas as pesquisas na internet na Europa, disse na quinta-feira (29) que disponibilizou um formulário na web através do qual as pessoas podem enviar seus requerimentos, mas não disse em quanto tempo iria remover os links que atendessem aos critérios.

A medida do motor de busca mais popular do mundo veio logo antes de uma reunião de dois dias dos chefes das 28 agências de proteção de dados da União Europeia (UE), a partir de terça-feira, em que serão discutidas as implicações da decisão do Tribunal de Justiça da UE.

"Já era tempo, já que as leis europeias de proteção de dados existem desde 1995", disse Viviane Reding, comissária de Justiça da UE. "Agora precisaremos olhar para como a ferramenta anunciada funcionará na prática."

O Google disse que reuniu um comitê de executivos seniores e especialistas independentes para tentar criar uma abordagem de longo prazo para lidar com o que espera ser uma torrente de requerimentos dos 500 milhões de cidadãos da UE.

"A decisão da corte exige que o Google faça julgamentos difíceis sobre o direito de um indivíduo de ser esquecido e o direito do público de saber", disse um porta-voz da companhia.

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